Dicastério para a Comunicação
Os Bispos do Regional Sul 3 da CNBB estiveram reunidos, nesta quarta-feira à tarde, 4 de maio, com os integrantes do Dicastério para a Comunicação que tem como Prefeito um leigo, o senhor Paolo Ruffini. Este Dicastério presta um serviço ao Papa e para toda a Igreja oferecendo informações “de primeira mão”, comunicações autênticas que nascem do Magistério Pontifício e de toda a Igreja.
Segundo o Arcebispo de Passo Fundo, Dom Rodolfo Luís Weber, foram tratados vários assuntos. Primeiramente, que a verdadeira comunicação é muito mais do que a simples informação. O Prefeito dizia que o grande defeito do jornalista é reduzir tudo a informação, porque a comunicação é muito mais ampla do que a simples informação. Comunicação não é simplesmente o uso de diversas tecnologias, mas estar a serviço da comunhão. Portanto, uma boa comunicação se mede pela capacidade que ela tem de comunhão, de criar unidade, de estar a serviço da humanidade e relacionar as pessoas. Deste modo, não se pode entender simplesmente a comunicação como informações de fatos. Pior ainda quando os fatos vêm carregados de julgamentos, sentenças, ou ainda quando se tornam fake news, falsas informações criadas de uma forma consciente para desvirtuar fatos, acontecimentos e as próprias interpretações. “Creio que o mais importante que foi ressaltado quando se falava de Pastoral da Comunicação, dos meios de comunicação, sejam rádios, sejam redes sociais, sejam meios televisivos, é que a finalidade é criar comunhão, um serviço para o bem comum. Se foge disto deixa de ser uma forma cristã de comunicar”.
Os membros do Dicastério disseram que os meios de comunicação usados no Vaticano não possuem função proselitista. Não existem meramente para defender as “causas católicas”, mas primeiramente para criar comunhão entre todos os ouvintes e, desse modo, respeitar quem ouve, “porque quem ouve não é simplesmente um destinatário, alguém que recebe uma informação pronta, mas alguém que deve ser respeitado, alguém que ouve, que também reage; portanto, um profundo respeito ao destinatário do meio de comunicação”.
Outro aspecto abordado na reunião, é que diante das formas polêmicas, agressivas e conflituosas usadas pelos meios de comunicação, “os nossos meios de comunicação católicos se quiserem de fato ter coerência com o Evangelho, não podem aceitar a mesma linguagem, responder de uma forma agressiva, agredir, mas usar exatamente o contrário, uma linguagem verdadeira, de respeito e que faz questionar e pensar. Não se responde agressão, provocação, com a mesma linguagem, mas exatamente usando a forma contrária, de escuta, de resposta serena e de procura com a verdade”.
A história mostra que desde 1587 até hoje, a Igreja foi criando vários meios para se comunicar e, atualmente, os meios de comunicação do Vaticano são uma ótima fonte de inspiração para a comunicação eclesial, além de serem modelo para nossos meios de comunicação.
Reunião com a Direção do Pontifício Colégio Pio Brasileiro
Na noite deste terceiro dia da visita Ad Limina, os Bispos do Regional Sul 3 tiveram uma reunião com a Direção do Colégio Pio Brasileiro, que tem como Reitor o Pe. José Otácio Oliveira Guedes. Durante a reunião, “refletirmos sobre a sua finalidade, problemas de manutenção agravados pela pandemia e a importância da formação permanente dos padres”, relatou Dom Rodolfo.
Foto: Bispos do Regional Sul 3 no Dicastério para a Comunicação.
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