O Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que aconteceu no último domingo, 03, motivou a Igreja do mundo inteiro a voltar os seus olhos para a temática da vocação. Por aqui, testemunhos de padres, leigos, religiosos e religiosas ajudam a refletir o chamado de Deus. Testemunhos esses como o da Irmã Ellen Mayra Silva Mendes que, há três anos, é consagrada e pertence à Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora. 

Vocação que surge em meio a partilha
A vocação, para ela, surgiu a partir dos encontros vocacionais que participou. “Comecei a sentir o chamado de Deus para a Vida Religiosa Consagrada (VRC) por meio da participação em encontros vocacionais realizados em minha comunidade, em momentos de convivência e atividades pastorais realizadas junto com as irmãs”, lembra. A admiração pela forma com que as irmãs trabalhavam foi um grande incentivo para que Ellen optasse por conhecer melhor a Congregação. “Admirava o jeito de viver das Irmãs pela generosidade de vida, a alegria, a simplicidade e compromisso com a vida do povo. A partir dessas experiências, comecei a pensar na VRC como uma opção de vida (e porque não ser irmã? perguntava a mim mesma) e decidi começar o caminho de discernimento vocacional, depois de um tempo ingressei na Congregação”, ressalta.

Hoje, vivenciando a vocação no dia a dia, ela ressalta que ser chamado por Deus é uma alegria e, também, a oportunidade de refletir sobre o sentido da vida. “A busca de nossa vocação, do chamado singular que Deus faz a cada um e cada uma de nós, nos coloca diante dos grandes questionamentos presentes na existência: ‘Onde encontrar felicidade? Qual o sentido da vida? Como contribuir para a construção de um mundo melhor?’ e tantos outros. Nossa vida é movida por buscas e Deus nos acompanha nesse caminho!”, inicia a jovem. “Ele nos convida a sair de nossas comodidades e colocar a originalidade da nossa vida, dos nossos dons, sonhos e esperanças a serviço do seu Reino”, complementa.

A Irmã acrescenta, ainda, que toda vocação expressa um modo de doar a vida. “É, ao mesmo tempo, um modo encontrá-la, em meio a tantos desafios e apelos da nossa realidade”, coloca a jovem que ressalta, ainda, a importância do exemplo de Maria na reflexão da vocação. “Nos ajuda muito olhar para a Virgem Maria: Foi chamada por Deus e respondeu à sua vocação com liberdade, confiança e responsabilidade. Dessa forma, pode proclamar as maravilhas de Deus em sua vida e na de seu povo”. E é inspirada no “sim” de Maria que Irmã Ellen busca fortalecer a sua vocação.  “Busco fortalecer e vivenciar minha vocação optando por ela todos os dias, cultivando o relacionamento com Jesus na escuta da Palavra, na vivência fraterna, no amor e compromisso pela vida em missão”, completa.

Juventude: sinal de esperança
Despertar novas vocações segue sendo um desafio para todas as comunidades. Irmã Ellen ressalta que uma das formas de chegar aos jovens é, justamente, partilhar das suas histórias e de seus desafios. “A nossa juventude tem anseio de vida e é sinal de esperança! Acredito que, como Igreja, o primeiro incentivo vocacional que precisamos partilhar com os jovens é o próprio amor pela vida das juventudes, a atenção para suas necessidades, suas lutas, seus sonhos, para que sejam sempre mais protagonistas de suas vidas, considerando tantos desafios que enfrentam nos nossos dias.”. Ela acrescenta: “A partir daí, e concomitante a isso, fortalecer uma cultura vocacional em nossas comunidades eclesiais e nos espaços e grupos que estamos engajados, no dia a dia da vida comunitária e também por meio de encontros, reflexões, partilhas de vivências, redes sociais e etc, na qual se possa refletir sobre a importância do projeto de vida, a beleza e desafios das vocações específicas”, finaliza.

Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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