Uma nova edição da Revista Teopráxis está disponível e pode ser lida clicando aqui. Esta edição tem por título “Peregrinos de Esperança”. Abaixo publicamos o Editoral desta edição, escrito pelos professores da Itepa Faculdades, Pe. Dr. Clair Favretto e Pe. Ms. Rene Zanandreia.
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Atravessamos tempos em que a esperança parece, por vezes, ofuscada pelas sombras da indiferença, da dor e da pressa. Mas é justamente nesse cenário que a Igreja nos convida a redescobrir o valor da peregrinação interior, da escuta profunda e da fé que caminha. Somos chamados a ser Peregrinos de Esperança — homens e mulheres que, mesmo diante das incertezas, seguem confiantes, sustentados pela promessa de Deus que nunca decepciona.
Neste tempo de graça e renovação, a Igreja, em sua sabedoria milenar, nos chama a redescobrir o sentido profundo da esperança cristã — não como expectativa vaga, mas como certeza enraizada na fidelidade de Deus. Esta edição da revista Teopráxis é um convite à reflexão, à celebração e ao compromisso; um convite a olhar para o futuro com os olhos da fé e os pés firmes na missão.
Abrimos com uma entrevista com Dom Silvio Guterres Dutra, que nos introduz ao espírito do Jubileu de Esperança 2025, revelando sua importância pastoral e espiritual para toda a Igreja. Ele nos ajuda a compreender como este tempo jubilar é um chamado à reconciliação, à escuta e à renovação da fé.
Na sequência, Pe. Jair Carlesso nos conduz pelas páginas da Escritura, revelando os tempos sagrados e jubilares na Bíblia, onde o povo de Deus é constantemente convidado a recomeçar, a libertar e a restaurar. A esperança, nesse contexto, é sempre uma ponte entre o passado e o futuro, entre a promessa e o cumprimento.
Pe. Ademir Rubini nos lembra que “a esperança não decepciona”, pois está alicerçada no amor de Deus derramado em nossos corações. Sua reflexão nos encoraja a viver a esperança como força transformadora, capaz de sustentar a vida mesmo nos momentos mais difíceis.
Pe. Mateus Danielli aprofunda o tema ao tratar da virtude teologal da esperança, mostrando que ela não é apenas um sentimento, mas uma disposição interior que nos orienta para o Céu, sustentando-nos na caminhada terrena com os olhos fixos na eternidade.
A ritualidade do Jubileu, abordada por Pe. Clair Favretto e Pe. Rene Zanandréa, nos revela como os gestos litúrgicos e simbólicos tornam visível a graça invisível. O rito, longe de ser mera formalidade, é expressão viva da fé que celebra, acolhe e transforma.
Dom Itacir Brassiani reflete sobre a importância do Jubileu da Esperança para as comunidades cristãs, destacando como este tempo pode reacender o compromisso com os pobres, com a justiça e com a fraternidade. O Jubileu é também um chamado à missão e à solidariedade.
Pe. Clair Favretto e Paulo Fassina nos oferecem uma rica reflexão sobre o ministério do diaconado na vida da Igreja, mostrando como os diáconos, servidores da Palavra e da caridade, são testemunhas vivas da esperança que se encarna no serviço humilde e generoso.
Polyana Almeida Frota Lima nos apresenta o método Montfortino de consagração a Nossa Senhora, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort. Uma espiritualidade mariana que forma corações consagrados, disponíveis e confiantes na intercessão da Mãe da Esperança.
Dorcelina do Carmo Alves Gomes nos convida a olhar para o legado do Papa Francisco para as mulheres, destacando gestos, palavras e atitudes que reafirmam o valor da presença feminina na vida da Igreja e na construção de um mundo mais justo e compassivo.
Dom Leonardo Steiner, por meio do texto da assessoria, nos ajuda a compreender a Campanha da Fraternidade 2025 em sintonia com o Jubileu, propondo caminhos de conversão comunitária e compromisso social, iluminados pela esperança que transforma.
Encerramos com uma homenagem ao Pe. Romualdo, apresentada por Pe. Rogério L. Zanini: um verdadeiro servidor de Deus e do povo, cuja vida foi testemunho encarnado da esperança que se faz serviço, presença e amor.
Que esta edição inspire cada leitor a viver o Jubileu como um verdadeiro peregrino da esperança — alguém que caminha com os olhos voltados para Deus, com o coração aberto ao próximo e com os pés firmes na estrada da fé.
Boa leitura e boa caminhada jubilar!