A Paróquia Santa Teresinha, Vila Rodrigues, de Passo Fundo, foi criada em 19 de março de 1945. Até então a população católica era atendida pelos padres da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Passo Fundo. A cidade, nas primeiras décadas do século 20, havia crescido muito. O atendimento pastoral por parte dos padres se tornava precário. Atendendo aos apelos dos moradores da Vila Rodrigues, liderados por Maurício Lângaro e Antônio Giavarina, já em 29 de março de 1930 havia sido criada a capela de Santa Teresinha. Já existiam no local dois terrenos, desde 1919, doados para a construção da futura capela.
Aos poucos foi crescendo a ideia de se transformar a capela em paróquia. Um grupo de casais foi a Santa Maria, sede da Diocese e solicitou ao Bispo Dom Antônio Reis a criação da nova paróquia. O Bispo impôs algumas exigências, tais como a construção de uma nova Igreja e uma casa para o sacerdote. Tendo sido cumpridas estas justas exigências e diante das necessidades pastorais, a paróquia foi criada em 19 de março de 1945.

Ao ser criada, a Paróquia Santa Teresinha abrangia uma região muito grande. Incluía, além de grande parte da cidade, os atuais municípios de Mato Castelhano, Coxilha, parte de Gentil e a extensa região rural que hoje forma a Paróquia São Cristóvão, bem como as Paróquias de São Francisco na Vila Santa Maria, Santo Antônio na Petrópolis e São José no Bairro São José.

A paróquia foi confiada, desde o início, aos cuidados da Congregação dos Padres Missionários da Sagrada Família. Bem próximo da nova sede paroquial funcionava o Seminário Maior da mesma congregação, com os cursos de Filosofia e por longo tempo também de Teologia. Isto fez com que a Paróquia e a cidade contassem com um bom número de sacerdotes bem preparados filosófica e teologicamente. Nos primeiros anos estes sacerdotes eram, em geral, estrangeiros. Prestaram significativa contribuição para a vida espiritual da cidade e da região, bem como ajudaram a elevar o nível cultural da região, que ainda não contava com unidades de ensino superior.

Estando situada geograficamente em região da cidade que era a saída para os municípios de colonização italiana (Marau, Casca, Guaporé...), com o surgimento do êxodo rural, já antes dos anos 1950, a paróquia começou a receber famílias que se mudavam das colônias italianas para a cidade. Estas famílias eram em sua maioria de origem italiana. Assim o bairro tomou algumas características dos imigrantes italianos. Isto se refletiu na paróquia que recebeu significativo impulso pela participação e pela fervorosa devoção, próprias da tradição italiana. A paróquia se desenvolveu com pujança.

Com o surgimento dos movimentos de associações de leigos, especialmente o Cursilho de Cristandade, surgiram na paróquia lideranças leigas que muito contribuíram para a vida cristã de toda a cidade.
A preocupação em dar à comunidade espaços de lazer, fez com que, pelos anos 1970, se transformasse o salão paroquial em clube social. Foi um erro, cometido de boa-fé, pois a paróquia per- deu a propriedade e o mando do salão. Este erro demorou a ser sanado, mas, finalmente, após alguns anos, o salão voltou a ser da paróquia, fruto que era da colaboração de todos e não somente dos sócios do clube. Houve um aspecto positivo em toda a questão, pois no acerto final acabou sendo fortalecido o clube, que até hoje presta bons serviços à comunidade passofundense.