No último sábado, 4 de outubro, o Santuário Nossa Senhora Aparecida foi palco de um encontro marcado pela fé, pela diversidade e pela esperança. A celebração do Jubileu do Migrante e do Refugiado, um dos momentos especiais do Ano Santo de 2025, reuniu participantes de diferentes nacionalidades sob o lema “Migrantes, missionários de esperança”.
O evento integra a programação do Jubileu de 2025, cujo tema central é “Peregrinos de Esperança” (Peregrinantes in Spem), escolhido pelo Papa Francisco para inspirar espiritualmente o povo de Deus ao longo deste tempo jubilar.
Objetivo e participação
A celebração teve como propósito oferecer aos imigrantes e refugiados da Arquidiocese de Passo Fundo uma profunda experiência jubilar, marcada pela renovação da fé em Jesus Cristo Salvador e pela reafirmação da condição de peregrinos de esperança.
Participaram migrantes de diferentes nacionalidades que manifestaram a experiencia de migrarem e serem acolhidos no Brasil. O encontro foi um sinal visível da comunhão e da acolhida da Igreja, aberta à pluralidade de povos e histórias.
A tarde iniciou com as palavras de irmã Norma Kleinjbing, coordenadora da Pastoral do Migrante, que acolheu os participantes e motivou a caminhada. Em seguida, o arcebispo Dom Rodolfo Luís Weber dirigiu sua mensagem de abertura, recordando o sentido jubilar da celebração e destacando a importância da esperança cristã no caminho dos povos migrantes.
Caminhada de Esperança
O primeiro grande momento do encontro foi a Caminhada de Esperança, marcada por quatro paradas de reflexão, oração e testemunho. Cada estação trouxe uma dimensão da esperança vivida pelos migrantes:
- A esperança transforma o olhar – estação de saída: recordou que, como migrantes e refugiados, “somos peregrinos de esperança”, que caminham com fé em direção a um futuro melhor, confiando na fidelidade de Deus.
- A esperança conduz à caridade – estação da travessia: destacou que a esperança cristã motiva gestos de solidariedade, fé e fraternidade ao longo do caminho.
- A esperança fortalece a fé – estação da chegada: lembrou que o peregrino acolhe com amor e respeito o novo lugar onde Deus o conduz, formando comunidade e partilhando vida.
- A esperança incentiva a perseverança – estação da integração: refletiu sobre o processo de inserção entre imigrantes, refugiados e o povo de Passo Fundo, ressaltando que a esperança é uma força constante que impulsiona a caminhar com confiança no auxílio divino.
A caminhada culminou com a recordação de que “o peregrino de esperança testemunha a fé, a misericórdia, a confiança em Deus, a fraternidade e a solidariedade”.
Encerrando a celebração, Eduardo Santisteban prestou uma homenagem a Maria, símbolo de fé e confiança em Deus. Logo após, Dom Rodolfo concedeu a bênção final, enviando os participantes como mensageiros da esperança e da paz.
Após a caminhada, os participantes se reuniram para um intercâmbio artístico e intercultural, com apresentações musicais, danças e partilha de comidas típicas de diferentes países, na tradicional “mesa dos sabores”.
O encontro encerrou-se com uma confraternização, marcado por alegria, amizade e celebração da fé, fortalecendo os laços entre as comunidades migrantes e a Igreja de Passo Fundo.
Destacando que nada seria possível sem o esforço e a generosidade dos voluntários, que colocam suas mãos e corações a serviço da celebração jubilar.
“Somos todos peregrinos de esperança, conduzidos pelo Bom Pastor, Jesus Cristo!”
Fotógrafo: Pascom Arquidiocesana
Fonte: ASCOM – Elisabete Gambatto