Arquidiocese de Passo Fundo
 
 
Sínodo 2021-2024
 
30.Jul - Síntese da Etapa Arquidiocesana do Sínodo já está disponível para leitura
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Síntese da Etapa Arquidiocesana do Sínodo já está disponível para leitura

A Arquidiocese de Passo Fundo concluiu a primeira fase do Sínodo 2021-2023, no sábado, 16 de julho. A fase teve início em outubro de 2021, com a Celebração de Abertura, e se encerrou com a Assembleia Arquidiocesana Celebrativa do Processo Sinodal.

 

Durante a Assembleia, a Equipe Arquidiocesana para o Sínodo 2021-2023 apresentou a todos os presentes a Síntese Arquidiocesana do Sínodo 2021-2023, que foi elaborada a partir da leitura e discernimento das Sínteses Paroquiais e de Grupos, enviadas pelo Povo de Deus da Arquidiocese de Passo Fundo.


A Síntese Arquidiocesana foi enviada para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, responsável para realizar a Síntese Brasileira. A Síntese Arquidiocesana servirá, também, para a elaboração novo Plano Arquidiocesano da Ação Evangelizadora.


Para ler a Síntese, basta clicar aqui.


A Síntese Arquidiocese é formada de 10 pontos, que estão brevemente resumidos a seguir:


1. Acompanhantes no Caminho

Caminhamos junto com os cristãos católicos batizados que entendem que são Igreja e assumem sua missão, que se engajam nos serviços, pastorais, movimentos e abraçam a ação evangelizadora com amor e doação: são as lideranças, os agentes de pastoral em geral e as pessoas que participam das celebrações litúrgicas. Caminhamos junto com as pessoas que são assistidas e cuidadas pela Igreja. A Igreja caminha junto à realidade – não é inimiga do tempo presente – mas quer colaborar para fazer deste mundo um lugar bom para se viver.

Todos são chamados a crescer como “companheiros de viagem” na amizade, na busca da fraternidade, na entreajuda, nos trabalhos pastorais e não somente esperar que “o padre faça tudo”. Somos chamados a nos esforçar para fazer um caminho sinodal. É fundamental ir além das questões internas da Igreja e assumir mais a nossa missão na sociedade.


2. Escutar

O Espírito de Deus nos convida a sermos mais sensíveis com a dor da outra pessoa, principalmente quando fica fragilizada, como por exemplo, em decorrência da morte de algum ente querido. Que se escute mais os jovens e se promovam encontros intergeracionais, buscando integrar as pessoas idosas em vivências com os mais jovens. Sugere-se que as comunidades tenham uma pastoral de acolhida às famílias novas. De fato, um gesto tão simples, como a acolhida, é uma das demandas mais presentes nas escutas.

A postura da Igreja Católica, de beber da fonte de sua natureza sinodal concebida pelo próprio Jesus e compreendida pelas primeiras comunidades cristãs, foi avaliada como muito positiva.


3. Falar

O ideal apresentado pelo povo de Deus é a criação de espaços de convivência e partilha, e reuniões como as do sínodo devem se repetir mais vezes. Dentro da Igreja há vários momentos conjuntos, mas entre grupos falta diálogo, parece haver uma disputa entre os movimentos. Entendemos que as lideranças precisam encontrar formas de unir todos esses grupos que têm a mesma vontade para trabalhar juntos. A Paróquia não pode ser compreendida como um conjunto de movimentos que não dialogam entre si. Os movimentos eclesiais, em geral, têm uma fala e uma caminhada que afirma representar a autêntica voz da Igreja, mas, por vezes, sem sintonia com a Igreja particular e tampouco universal, fechados em suas estruturas e modelos.

Chama atenção o fato de que se manifestou mais desejo da presença da Igreja do que em ser Igreja. Com o sínodo é esperado que os batizados fiquem cada vez mais próximos de seus pastores e que possam dialogar. Para isso, urge a opção por uma cultura voltada ao encontro, à sinodalidade e ao diálogo respeitoso das diferenças.


4. Celebração

As comunidades valorizam a Celebração Eucarística, a presença do padre para presidir, a presença dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, a presença da Eucaristia permanente. Na vida de muitas pessoas, o momento celebrativo é fonte e cume da vida. Justamente por isso, existe o desejo de aprofundar a fé celebrada e vivida. Os atos litúrgicos foram mencionados como ações importantes e de valor fundamental, embora, às vezes sem a devida compreensão, parecendo, para alguns, como ato mágico. É preciso deixar-se educar pelos ritos e crescer na ritualidade, bem como dar importância fundamental à Palavra. Precisamos promover formações litúrgicas para que as pessoas possam mergulhar ainda mais nas celebrações, compreendendo o sentido das mesmas e participando fervorosamente.

Precisamos, portanto, zelar pela liturgia a fim de que seja um espaço importante para dar glórias ao nome de Deus, para buscar o nosso bem e de toda a santa Igreja.


5. Partilhar a responsabilidade pela nossa missão comum

Quem caminha junto sabe partilhar responsabilidades em vista da missão. Este ato é um dos mais desafiadores no mundo em que vivemos e também repercute na organização eclesial. Nesta perspectiva, discernimos o fato de que algumas paróquias apresentaram dificuldades para mobilizar o grupo da escuta ou de conduzir o processo. O fato chama a atenção para a realidade de crise de lideranças. Há forte tendência ao passivismo e autoritarismo. Às vezes, deseja-se o título e não o serviço.

A comunidade de fiéis expressou a necessidade de ser ouvida, reforçando que este ato é fundamental e muito gratificante para quem é ouvido e permite dar sentido de pertencimento à sua Igreja. Não se trata de um ouvir desatento, mas que leva a sério as contribuições do povo de Deus. 


6. Diálogo na Igreja e na sociedade

O diálogo é desafiador em um mundo cada vez mais individualista. Contudo, é o caminho para a superação de conflitos e para o exercício da missão da Igreja no mundo. Muitas pessoas, no entanto, têm dificuldade em se compreender como parte da Igreja e dão a entender que são Igreja apenas os ministros ordenados e religiosos consagrados. Nesta perspectiva, não se sentem chamadas a dialogar enquanto Igreja.

No tempo presente a relação com a sociedade é mais complexa e varia de acordo com o contexto. Nas realidades mais interioranas, costuma haver proximidade com o poder público e as esferas de debate na sociedade. Na maioria dos conselhos municipais há uma ausência de conselheiros indicados para atuarem em nome da Igreja. Percebe-se que ainda precisamos ser educados para a democracia.


7. Ecumenismo

A Arquidiocese de Passo Fundo já fez experiências significativas de ecumenismo ao longo dos anos. Foram recordadas celebrações, projetos comuns, campanhas da fraternidade. Existem experiências de convivência harmoniosa especialmente entre comunidades luteranas e católicas. Diversas ações entre igrejas cristãs são realizadas em prol dos necessitados.

Porém, ainda há fechamentos que dificultam o ecumenismo. Existe uma mentalidade de concorrência e proselitismo. Mesmo entre evangélicos que já foram católicos, há resistências de aproximação e de diálogo. Algumas sínteses identificam que “há dificuldade nossa, mas, mais ainda, deles conosco”, por causa de fundamentalismos.


8. Autoridade e participação

A Arquidiocese de Passo Fundo tem muito carinho pelos processos participativos, pois sabe-se que são capazes de fomentar lideranças com espírito comunitário, envolvendo os homens, os jovens, as mulheres... O processo participativo possibilita mais confiança e transparência e é o caminho de uma Igreja sinodal. A Igreja precisa de lideranças propositivas. Atualmente, porém, tem sido desafiador formar novas lideranças ou mesmo dar consistência às caminhadas formativas existentes.

Ao se referirem à autoridade e à participação, as comunidades expressaram a necessidade de trazer os jovens para os espaços de protagonismo e de ouvi-los. É fundamental ajudar os jovens a construírem uma Igreja, com espírito participativo.


9. Discernir e decidir

O discernimento acontece com um método e a clareza de um projeto. Em relação a isso, a escuta da Itepa Faculdades recordou o qualificado método participativo. Às vezes, nem nós mesmos nos damos conta da sua profundidade. A inserção da Itepa na igreja local, com o aprofundamento da Iniciação à Vida Cristã e outros cursos, é positiva e produziu muitos frutos.

Ao se destacar que a figura do presbítero tem uma incidência na caminhada eclesial, mereceu destaque a reflexão vocacional. Neste sentido, a Arquidiocese de Passo Fundo tem referências bonitas no incentivo às vocações, como por exemplo, o servo de Deus João Benvegnú. Percebe-se que há alegria naquelas famílias que oferecem à Igreja um padre ou uma religiosa.


10. Formando-nos em sinodalidade

Formar para o caminhar juntos é um horizonte que vale a pena investir. O Povo de Deus afirma que “valeu muito porque nos sentimos valorizados. Tivemos a oportunidade de nos conscientizar de que nós também somos Igreja e que a verdadeira Igreja é uma Igreja Sinodal, uma Igreja que caminha junto”.

 

A sinodalidade pressupõe o bem-querer, a simplicidade encantadora da vida cristã, que está longe das atividades pensadas meramente em função do lucro e do sustento de estruturas. Quando o Reino de Deus brilha nos olhos das comunidades, até mesmo as situações desafiadoras ou complexas passam a ser vistas de outra forma e os desafios tornam-se apaixonantes. O “ser comunidade” passa a ser visto na perspectiva de uma Igreja em saída. Caminhar juntos constitui um sinal profético!

 

Amanda Nascimento 
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
imprensa@arquidiocesedepassofundo.com.br


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