Milhares de romeiros participaram da 28ª Romaria Vocacional em honra ao Monsenhor João Benvegnu, realizada em São Domingos do Sul. A festividade iniciou com um tríduo preparatório nos dias 1, 2 e 3 de janeiro. No dia 4, no início da noite, aconteceu a celebração seguida de uma grande procissão luminosa com a bênção do Santíssimo, que  passou por vários capitéis . No domingo, dia 5, as atividades iniciaram às 7h e 30min com missa na matriz.

Dom Altieri presidiu a missa

Em altar armado ao ar livre, a missa da saúde realizada às 10 horas, foi presidida por dom Altieri, Arcebispo da Arquidiocese de Passo Fundo e concelebrada pelo pároco de São Domingos do Sul, padre Dionísio Benvegnu e diversos sacerdotes. À tarde, a bênção aos romeiros foi dada a tantos que por lá aguardaram esse momento especial.

Vários padres participaram da celebração

Praticar o bem

Guiados pelo lema, Sejamos os primeiros a praticar o bem, os romeiros e romeiras que foram até São Domingos do Sul vivenciaram os primeiros cinco dias do ano novo com a fé, a alegria e a esperança cristã. O canto, Desamarrem as sandálias e descansem... Este chão é terra santa... venham todos... e renovem a esperança no Senhor, se fez expressão da presença do espírito que pairava sobre a Romaria Vocacional.

Lema incentivava para a prática do bem

Não passaram despercebidos os muitos ministros da Eucaristia dando a bênção para os fiéis. As filas eram contínuas, deixando a clara impressão da profunda devoção com que a bênção era dada e recebida.

Debaixo das árvores, junto ao altar, o jovem de 21 anos, Dorlei Tickz, aguardava o início da celebração para agradecer graças que vem recebendo desde os cinco meses de idade, quando seus pais foram informados que ele sofria de distúrbio cerebral. Ainda faz tratamento, mas, tem vida normal. Declarou como jovem, a juventude atual não deve desistir diante de dificuldades. É preciso persistir para não ficar no meio do caminho. Pedir muito e rezar muito, por que sem a oração não somos nada. Em outra sombra de árvores, jovens adolescentes contaram que é a fé que os move a participar da romaria. Disseram que o Monsenhor fez muita coisa boa para o povo e, que apesar das dificuldades, eles têm desejos de fazer igual. Noutro recanto de sombra uma família, avô, avó, filha grávida, genro e uma neta contaram que a fé é transmitida pelo testemunho do dia a dia e que a oração, especialmente aquela deixada pelo Monsenhor, é presença diária nas suas vidas.

Jovem Dorlei diz ter recebido uma graça

No museu que guarda os pertences, documentos e a história do padre tão amado pelo povo, Olga Mate, uma das organizadoras, não se cansa de contar e recontar fatos relacionados à vida do Monsenhor. Uma, das tantas qualidades que ele tinha era a de valorizar o que cada um fazia, dando-lhe espaço para apresentar os dons, uma virtude pouco praticada pelos líderes de hoje. Ele não era apegado a nada, nem a essas coisas. Um desprendimento fora do comum e rezava muito, e tudo o que pedia a Deus era atendido. Os agricultores pediam suas orações diante das tempestades e do ataque de pragas às lavouras. Ele atendia a todos os que o procuravam, comentou ela. Diante das poucas vestes do Monsenhor, puídas pelo uso, expostas no museu, Olga escutou pessoas comentarem, com pouca coisa ele fez muito pelo povo. Pra quê a gente vai atrás de tanta coisa... É possível viver com pouco!

Jazigo do Monsenhor ficou lotado o dia todo

Durante toda a programação foi intenso o movimento de pessoas que visitavam o jazigo onde está sepultado o Monsenhor João Benvegnu. Os romeiros acendiam velas, rezavam de joelhos e apanhavam ervas medicinais, que depois levavam para casa.

No final da missa da manhã, o padre Dionísio anunciou a data da romaria de 2015, que será no dia 4 de janeiro e, convidou os presentes para retornarem a São Domingos.