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07.Mar - Quatro décadas dedicadas às vocações
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Em março, o Seminário Maior Nossa Senhora Aparecida, em Passo Fundo, celebra 40 anos de formação vocacional. O caminho percorrido trouxe, como frutos, quase 70 padres ordenados



A história do Seminário Nossa Senhora Aparecida, que completa 40 anos em março, se confunde com a própria história da Arquidiocese de Passo Fundo que, pouco a pouco, foi se construindo - norteada pelo surgimento das cidades, pelas necessidades da população e, especialmente, pela crença do povo que coloca em Nossa Senhora Aparecida, padroeira da Arquidiocese, toda a sua fé. Com as portas abertas em março de 1977, o Seminário Arquidiocesano já foi o lar de quase 670 seminaristas. Deste número, até o fim de 2017, terão sido ordenados padres 68 daqueles que por ali passaram. Os números, no entanto, significam pouco perto do serviço que o Seminário presta não apenas para a Arquidiocese, mas para a Igreja.



História: um seminário conquistado

Ainda que tenha entrado em funcionamento apenas no ano de 1977, a história do Seminário Nossa Senhora Aparecida - que hoje abriga 8 seminaristas divididos nas etapas de Filosofia e Teologia - tem seu início marcado pela criação da Diocese de Erexim, em 1971, que seria totalmente desmembrada da então Diocese de Passo Fundo. Na época, o Seminário Diocesano era, até então, o Seminário Nossa Senhora de Fátima, situado na cidade de Erexim. Com a criação de uma nova diocese, o Seminário, localizado no território de Erexim, logo foi proclamado, pela Nunciatura Apostólica, Seminário Interdiocesano - de propriedade das duas Dioceses. Porém, não demorou em se constatar que a estratégia não daria certo.



A Diocese de Passo Fundo começou, então, a se preparar para construir um novo Seminário, desta vez em Passo Fundo. A busca por terrenos levou o clero a encontrar, no KM 3 da RST 153, na saída para Soledade, um espaço de 27 hectares. Com auxílio da Diocese de Colônia, na Alemanha, o terreno, que era de Manoel Ferreira Terres, foi comprado em 9 de julho de 1974. Mais tarde, em 3 de novembro do ano seguinte, mais um pedaço de terra, pertencente a Afonso Hecker, foi anexado ao espaço. Estava resolvido o problema da localização do futuro Seminário Diocesano.



Restava, porém, o problema maior: a construção do prédio e estrutura que abrigaria a formação vocacional na então Diocese de Passo Fundo. O primeiro passo foi escolher um nome que guiasse o trabalho do Seminário e, depois de muito pensar, a padroeira da Diocese foi escolhida e, assim, entre 1975 e 1976 foi construída grande parte do prédio. No dia 7 de março de 1977 o Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida entrou em funcionamento orientado pelo primeiro reitor, o então padre Ercílio Simon que, ajudado pelo padre Fernando Gazolla, na orientação espiritual, e pelo padre Pedro Gajardo, como assistente, deu início ao trabalho de formação vocacional no novo Seminário que, pouco a pouco, foi sendo concluído.



Desafio que se renova

Quatro décadas depois, o arcebispo emérito da Arquidiocese, dom Ercílio Simon, destaca que o desafio, tanto naquele tempo, quanto hoje, segue sendo constante. “A perda do Seminário motivou os padres a construírem um novo prédio com grande entusiasmo. Hoje, olhando para trás, percebo que se modificou plenamente não apenas o estilo de formação no Seminário, mas o próprio contexto em que vivemos. A Diocese assumiu, em tempos difíceis, a construção do Seminário e, hoje, enfrentamos uma realidade diferente. Eu, que vivi esse tempo, vejo que hoje a dificuldade está no estímulo das vocações. O grupo de seminaristas é formado por jovens e adultos que precisam ser ajudados no sentido de desenvolver uma resposta para o chamado a ser sacerdote”, coloca e acrescenta, ainda, que os 40 anos do Seminário representam mais do que se pode imaginar. “Representa toda uma caminhada que forneceu os sacerdotes que temos hoje: quase 70 padres que são frutos do trabalho no Seminário. Claro que existe um trabalho anterior, realizado nas famílias e nas comunidades, mas o importante é termos consciência de que essa formação é necessária e deve cativar o jovem vocacionado. É preciso nos adaptarmos ao novo tempo”.



Vocação, fé e devoção

Quatro anos depois de estarem abertas as portas do Seminário, foi preciso ir além: a comunidade via, no espaço destinado para as vocações, um espaço que também poderia ser dedicado à homenagear a padroeira da cidade. “Ninguém jamais poderia imaginar que como conseqüência da escolha do nome de Nossa Senhora Aparecida, surgiria o grande movimento em torno dessa devoção”, lembra dom Ercílio. Surgia, assim, em 1981, a primeira romaria diocesana em honra à Nossa Senhora Aparecida. Hoje, quase 37 anos depois de seu início, a procissão reúne cerca de 150 mil pessoas que, a cada ano, peregrinam rumo ao prédio do Seminário - que abriga, também, um Santuário dedicado à Nossa Senhora - para renovar a fé e esperança e, ainda, agradecer as bênçãos recebidas. “Se alguém tivesse imaginado a afluência de tantas pessoas, certamente teríamos construído o prédio do Seminário pelo menos cem metros mais terreno adentro, para dar lugar a uma praça maior para receber a multidão de pessoas na Romaria”, avalia e destaca: “A Romaria tem um cunho devocional para o povo, mas nunca deverá perder o seu cunho vocacional para a juventude. Me parece que os caminhos de Deus sempre passam pelas mãos de Maria”, conclui.



“Operários para a messe do Senhor”

Com uma história que é marcada pela dedicação do clero no processo de formação vocacional, o Seminário é, hoje, a comprovação de que é preciso cultivar a vocação. Para o padre Daniel Feltes, que atua como reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida e assistente de formação no Seminário, o espaço é local de discernimento e cultivo da vocação. “É uma escola de vida e de fé, com princípios humanos e cristãos”, inicia. “O Seminário tem uma importância fundamental para a Igreja por preparar ‘operários para a messe do Senhor’ no ministério do presbiterato. Muito mais do que ser uma estrutura, o Seminário é um símbolo da vitalidade da Igreja que tem a missão de anunciar a Boa Nova do Reino a todos os povos”, completa e acrescenta, ainda, que a passagem dos 40 anos do Seminário é momento de agradecer. “Damos graças pela formação oferecida a tantos jovens, pelos padres aqui formados, pelos projetos de vida amadurecidos ao longo desta história. Também seguimos em prece por mais jovens vocacionados para a Igreja”, conclui.



Lar de Vocações

O pensamento do padre Daniel é ressaltado pelo padre Éberson Fontana, responsável pelo Serviço de Animação Vocacional, na Arquidiocese. “O seminário é um espaço especial para o discernimento vocacional”, enfatiza. “Através das dimensões integrantes do processo de formação - espiritual, pastoral-missionária, intelectual, comunitária, humano-afetiva e econômica - o seminarista tem mais condições para conhecer a pessoa e o projeto de Jesus e se colocar a serviço do povo de Deus”, pondera.



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