Em sintonia com o Ano da Misericórdia, dom Rodolfo Weber, arcebispo de Passo Fundo, visitou, em setembro e outubro, as casas prisionais dentro da área da Arquidiocese
Buscando vivenciar o Ano da Misericórdia, proclamado pelo papa Francisco, de forma mais intensa, a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Passo Fundo realizou, além do trabalho desenvolvido durante todo o ano junto às unidades prisionais, apenados e famílias, uma experiência de reflexão sobre as obras de misericórdia que culminou com a visita aos presídios. As equipes, acompanhadas pelo arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Luís Weber, proporcionaram o encontro dos apenados com a mensagem proposta no evangelho.
Visitas
Neste cenário de trabalho e acompanhamento, a Pastoral proporcionou, durante o mês de setembro e outubro, que as equipes, ao lado de dom Rodolfo pudessem partilhar momentos de reflexão, encontro e estudo com os encarcerados das casas prisionais de Passo Fundo, Guaporé, Carazinho e Sarandi. “O trabalho da pastoral é de evangelização e promoção da dignidade humana por meio da presença da pastoral na busca de um mundo sem cárceres. Quanto à presença de nosso arcebispo se confirma em sua postura o que nosso papa tanto solicita: um pastor com cheiro de ovelhas e uma Igreja em saída. Dom Rodolfo foi sinal visível do amor de Deus sem preconceitos dentro daqueles alojamentos super lotados, onde a esperança, em muitas situações está, adormecida.”, comenta Vera Dal Zotto, coordenadora da Pastoral Carcerária.
Para o arcebispo, o trabalho vai ao encontro da vivência misericordiosa dentro da Igreja.“Dentro do Ano da Misericórdia, nós intensificamos o trabalho da Pastoral Carcerária e, junto com as equipes que existem em Passo Fundo, Carazinho, Sarandi e Guaporé, visitei os presídios para ter contato com os presos, conhecer a realidade carcerária da região e levar a mensagem do Evangelho que é um convite a conversão”, comenta e acrescenta, ainda, a necessidade de se ver o cárcere não apenas como punição, mas como oportunidade de correção. “Os cárceres são necessários, mas não podemos nos contentar com a punição. O desejo e missão do cárcere é, também, a correção, a mudança de vida. Vemos que as cadeias têm a dificuldade de corrigir, de colocar novos valores, de ajudar a pessoa a voltar para a sociedade e mudar vida. Essa é a missão da Pastoral: ser presença junto aos apenados e suas famílias para a busca pela conversão, pela mudança de vida”, encerra.
Pastoral
A Pastoral Carcerária atua há mais de 20 anos na Arquidiocese de Passo Fundo e vivencia, no dia a dia, a visita aos presos, acompanhamento das famílias e, ainda, busca levar a palavra do Evangelho e as orientações da Igreja para os encarcerados. O trabalho desenvolvido pela Pastoral é, para Vera, realizado de forma discreta, mas intensa. “Posso dizer que sofremos preconceito diante do trabalho desenvolvido. Em um mundo onde não se abrem espaços para o diálogo, mesmo sem conhecer a realidade, o conceito está formado. No entanto, sinto que nosso trabalho é silencioso, mas feito com muita misericórdia”, comenta e acrescenta que a proposta desenvolvida em 2016 foi a maneira encontrada para viver na prática a proposta do papa Francisco. “Vivemos no dia a dia no cárcere as obras de misericórdia sejam elas espirituais ou corporais. Não temos gráfico de ganhos, mas temos uma única certeza: de fazer acontecer o que o próprio Cristo orienta”, conclui.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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