São Valentim do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, tem cerca de dois mil habitantes que enxergam na cidade a tranquilidade da vida no interior e, também, a fé de uma comunidade intimamente ligada à São Valentim. No final de abril, a população se reuniu em torno da expectativa por receber uma nova imagem do padroeiro: doado por uma equipe de designers, o busto de São Valentim é o retrato mais fiel produzido até então porque foi desenvolvido a partir da tecnologia de reconstrução facial, utilizando o método 3D.
A nova imagem
A imagem que doada não é mais a ilustração - primeira imagem de São Valentim, trazida pelos imigrantes -, nem a imagem em gesso, que fica na igreja. A imagem que está, hoje, no altar da paróquia, foi produzida em três dimensões e retrata o rosto de São Valentim a partir de um processo de reconstrução digital do crânio do santo - que se encontra na Igreja de Santa Maria de Cosmedin, em Roma. O trabalho de reconstrução facial foi realizado por uma equipe brasileira, liderada pelo designer gráfico de Chapecó/SC, Cícero Moraes, que já reconstruiu a face de 10 santos e beatos católicos de diferentes partes do mundo. "Nós sabemos que a face humana é composta por muitas características, dentre elas o corte de cabelo, a cor de pele, a forma que a pessoa se apresenta na sociedade. Então a gente não consegue reconstruir o indivíduo como ele se apresentava em vida, o que a gente consegue reconstruir é a estrutura anatômica dele em vida. Chegamos, estruturalmente, em 92% de fidelidade", explica o designer. Com a reconstrução finalizada, já é tradição da equipe fazer uma doação à paróquia que leve o nome do santo, como aconteceu com outros projetos.
Motivo de fé
Para o pároco, padre Hélio Marsiglio, a novidade vai atrair ainda mais fiéis. "É uma coisa diferenciada, que vai atrair, principalmente, na minha concepção, a questão da juventude. A juventude hoje quer coisa diferente, quer coisa que chama mais atenção", comenta.
História
O santo, que dá nome à cidade, é também símbolo de esperança. Foram imigrantes italianos que colonizaram a região que deram início à devoção: o vigário paroquial, padre Guerino Piccini, explica que eles chegaram com uma ilustração do santo. "A comunidade, então, passou a se reunir ao redor dela para rezar. Faziam romarias e relatavam que problemas estavam sendo solucionados. Acreditavam que tinha relação com o santo", coloca.
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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Colabração: Olide Salvador | Paróquia São Valentim, Rádio Vaticano, G1