Dos dias 1 a 6 de agosto acontecerá a XXXVII Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pela primeira vez, em Portugal. O lema escolhido pelo Papa Francisco: “Maria levantou-se e partiu apressadamente”, inspira o sim de Maria que se torna servidora. O anúncio da realização da JMJ em Lisboa trouxe um rastro de luz e de esperança para a Igreja que caminha em Portugal, como em 2013, há dez anos atrás, aconteceu aqui no Brasil, na JMJ no Rio de Janeiro.
A JMJ nasceu no contexto da celebração do ano Santo da Redenção, quando o Papa São João Paulo II convidou os jovens de todo o mundo a viverem o Jubileu Internacional da Juventude. Celebrado no Domingo de Ramos de 1984, reuniu cerca de 250.000 jovens de diversos países, o Papa São João Paulo II entregou aos jovens a Cruz do Ano Santo, de madeira de 3,8 metros, e o ícone de Nossa Senhora, convidando-os a levá-la ao mundo, como sinal de redenção: «Queridos jovens, no final do Ano Santo confio-vos o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a pelo mundo como sinal do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado está a salvação e a redenção».
Desde a primeira grande edição internacional da JMJ em Buenos Aires (1987), passando pelas restantes edições (Santiago de Compostela 1989, Czestochowa 1991, Denver 1993, Manila 1995, Paris 1997, Roma 2000, Toronto 2002, Colónia 2005, Sidney 2008, Madrid 2011, Rio de Janeiro 2013, Cracóvia 2016, Panamá 2019), os jovens têm percorrido o mundo inteiro, transportando a esperança e a alegria que é Cristo. As JMJs são um laboratório da fé, de nascimento de vocações ao matrimônio, à vida sacerdotal e consagrada, um instrumento de evangelização dos jovens e de transformação da Igreja.
Nesse ano, a JMJ 2023 acolherá também alguns jovens do nosso Regional Sul 3, mas ela acontece num contexto muito específico. A nível mundial, a pandemia e a guerra influenciam de forma determinante os jovens portugueses e a participação das diversas nações. Embora todos sintamos os efeitos negativos destes acontecimentos, muitos jovens não desistem de sonhar com um futuro de paz e de reconciliação. Vivendo a JMJ do Panamá 2019, que foi um momento também de Evangelização único para nossas juventudes, deixando-nos iluminar pelo sim de Maria, iremos apressadamente ouvir a voz do Pai para servir, acolher os irmãos e irmãs, pondo-se continuamente à caminho.
Maria de Nazaré é a grande figura do caminho: referindo-se à experiência vivida no Panamá, em janeiro de 2019, esta JMJ teve uma forte marca mariana, assim como a presente JMJ em Lisboa, destacando a grandeza e singularidade do sim de Maria: «Foi diferente de um sim como se dissesse: bom, vamos tentar, para ver o que acontece. Maria não conhecia a expressão vamos ver o que acontece. Era decidida, percebeu de que se tratava e disse sim, sem rodeios. Foi algo mais, algo diferente. Foi o sim de quem se quer comprometer e daquele que quer arriscar, de quem quer apostar tudo, sem outra segurança que não seja a certeza de saber que era portadora de uma promessa».
Confiemos a Maria esta Jornada Mundial, pedindo-lhe que interceda pelos jovens do mundo inteiro. Como modelo de uma Igreja jovem, que Ela os ajude a «seguir Cristo com frescor e docilidade» (Chv 43).
Pe Joule Windson Cunha Santos – Setor Juventude Arquidiocese de Passo Fundo - RS
Fonte: ASCOM - Elisabete Gambatto