A partir deste sábado, 10 de dezembro, a Igreja Católica dará o título de “beata” a jovem mártir brasileira Isabel Cristina. A missa de beatificação da Serva de Deus Isabel Cristina acontecerá no Parque de Exposições Senador Bias Fortes, Bairro João Paulo, Barbacena (MG). A celebração será presidida pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis.
Já no dia 11 de dezembro, domingo, às 15h, haverá missa em Ação de Graças pela beatificação no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena (MG), presidida pelo arcebispo de Mariana, dom Airton José dos Santos. Após a Santa Missa, haverá a transladação dos restos mortais da Beata Isabel Cristina para a Capela dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, encerrando com o Canto do Te Deum.
Os fiéis e devotos da mártir Isabel Cristina que não conseguirem ir à Barbacena (MG) para participar de sua cerimônia de beatificação, o rito pela TV Rede Vida e pelos canais no YouTube da Arquidiocese de Mariana e da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade.
A transmissão terá início a partir das 10h, tanto na TV aberta como nas redes sociais, e tem como objetivo proporcionar que toda a Igreja no Brasil e no mundo celebre em comunhão com a Arquidiocese de Mariana este momento de alegria e bênçãos.
A Serva de Deus Isabel Cristina
Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. É filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Com o desejo de fazer Medicina, foi para Juiz de Fora (MG) em 1982, para se preparar em um curso pré-vestibular.
Era uma moça como tantas outras. Estudava, namorava, participava de festas, tinha uma vida de oração e sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes. Era sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena.
No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem foi montar um guarda-roupa no pequeno apartamento para onde se mudara com seu irmão, Paulo Roberto, e tentou violentá-la. Encontrando resistência, deu-lhe uma cadeirada na cabeça, amarrou, amordaçou e rasgou suas roupas. Como continuou a resistir, foi morta sem piedade com 15 facadas. Foi um crime cruel, com grande repercussão, e que abalou muito a família e todos os que souberam do caso.
A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para sua beatificação. A solicitação foi aceita por Roma e, no dia 26 de janeiro de 2001, em Barbacena, foi instalado o processo, quando Isabel Cristina recebeu do Vaticano o título de Serva de Deus. A causa foi conduzida por um Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano Mendes de Almeida. Foram oito anos de trabalho, entre coleta de depoimentos e documentos, além da digitação e tradução para o italiano, tendo a fase diocesana do processo sido finalizada em 2009. O seu martírio foi reconhecido pelo Papa Francisco, por meio de decreto, em outubro de 2020.
Fonte: CNBB e Arquidiocese de Mariana