Na Arquidiocese, a Catedral Metropolitana recebeu os fiéis para a celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo
Centrada no mistério da Cruz, a celebração da tarde desta Sexta-feira Santa fez memória da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Na Arquidiocese de Passo Fundo, além das celebrações paroquiais, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, recebeu a comunidade que, auxiliada por dom Rodolfo Luís Weber, arcebispo de Passo Fundo, refletiu sobre os acontecimentos que levaram à morte de Jesus.
Superação da violência
Retomando o tema da Campanha da Fraternidade deste ano – Fraternidade e superação da violência – dom Rodolfo enfatizou que as narrativas bíblicas da Paixão e Morte de Jesus são essenciais para compreender como superar os atos violentos a partir do testemunho de Cristo. “Somos convidados a nos tornar agentes da superação da violência e, em Cristo, encontramos a resposta definitiva para isso”, iniciou. “Temos nele o perfeito exemplo de atitudes que nos ajudam a superar a violência: aquele que veio ao mundo e passou a vida fazendo o bem é tratado de forma criminosa e não reage”, complementa.
O arcebispo enfatiza, ainda, a importância de olhar para a Paixão de forma atenta. “Os textos retratam a brutalidade, sim. Os pequenos gestos de Cristo podem passar despercebidos, mas são justamente esses atos que desarmam os atos de destruição da vida”, coloca e ressalta, como exemplo, a atitude de Pedro que, de forma instintiva, buscou defender Cristo com a espada. “Jesus lhe diz com todas as letras para guardar a espada, colocando que todos os instrumentos de força não resolvem qualquer situação. Confiar nos instrumentos de morte não é suficiente para chegar a uma solução para conflitos”, continuou.
Clareza de Cristo
“Cristo sempre foi muito claro, explícito em suas palavras, nunca fez jogo sujo ou teve linguagem dúbia. E, da mesma forma, pede que o nosso sim seja sim, que o nosso não seja não”, destacou o arcebispo. “Cristo sempre foi verdadeiro e, mesmo sendo vítima, ao pé da cruz olhou para o outro, pedindo o perdão da humanidade. Quando já morto pela cruz, Cristo ainda faz algo por todos nós”. Por fim, dom Rodolfo ressalta que todas as atitudes de Cristo possibilitam a compreensão de que somos convidados a agir como Ele. “No caminho do calvário, há, sim, uma cena de violência, mas, há, também, a superação dessa violência. Que as atitudes de Cristo nos ajudem a participar desse caminho”, concluiu.
Programação
Em função da chuva, a Procissão do Senhor Morto foi realizado dentro da paróquia e envolveu a comunidade na adoração da Santa Cruz. Os fiéis se reúnem, agora, no sábado, às 19h, para a Vigília Pascal e, também, no domingo às 10h30.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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