Celebração foi presidida por dom Rodolfo Weber e reuniu o clero da Arquidiocese na Catedral Metropolitana
“O mundo precisa de muitos ungidos para anunciar a Boa Nova. As escravidões, hoje, são abundantes. A causa de Cristo é a certeza de um mundo mais justo, mais fraterno e de mais paz.” A frase, dita por dom Rodolfo Weber, arcebispo da Arquidiocese de Passo Fundo, durante a Missa do Crisma – onde acontece a Bênção dos Santos Óleos - realizada na manhã desta Quinta-feira Santa, 29, expressa não apenas o momento vivido pela Igreja Católica, mas, também, a proposta da celebração: concelebrada pelo arcebispo emérito, dom Antônio Carlos Altieri – que está residindo em São Paulo – e, também, reunindo os padres das 53 paróquias para abençoar os óleos do Batismo, do Crisma e dos Enfermos, que serão utilizados durante o ano de 2018, a partir da Páscoa, o momento enfatizou a unidade da comunidade com o próprio Cristo
Escolhidos como cristãos
A Missa do Crisma é, para a Igreja, sinal de comunhão. A bênção dos óleos do batismo – que é o óleo da força -, do crisma – que simboliza o desejo de Cristo de acompanhar o seu povo - e o dos enfermos - que lembra a situação humana de fragilidade e limitação – envolveu a comunidade que presenciou, ainda, a renovação das promessas sacerdotais dos padres – ritos que, para o arcebispo metropolitano motivam a evangelização e são essenciais para a fé. “As palavras sagradas falam do Espírito do Senhor, do envio para anunciar a Boa Nova de mudança, libertação de um tempo. Nós, cristãos, fomos ungidos com os óleos do batismo e do crisma e, assim recebemos a missão”, iniciou. “Jesus anunciava para um grupo pequeno em um pequeno país, mas tinha certeza que agindo localmente, a sua mensagem chegaria aos confins da terra. Nós precisamos confiar na ação evangelizadora que realizamos nas nossas comunidades”, motivou. “Assim como Cristo reiniciava, todos os dias, a sua missão, nós, também, devemos a cada dia nos lembrar que fomos escolhidos como cristãos”, complementou.
Ainda durante a homilia, dom Rodolfo enfatizou que a Páscoa é o grande momento da fé cristã. “A mensagem da Páscoa é de transformação, vida nova, ressurreição. Se deixamos de acreditar nisso, nossa fé acaba, se esgota. Então, hoje, celebramos a marca da unidade da Igreja onde muitas pessoas se encontram pela mesma causa”, colocou e concluiu sua fala ressaltando a importância de o cristão assumir o papel de transformação diante da sociedade. “Precisamos evangelizar hoje. A mensagem de Cristo é para agora, é atual. Temos desafios concretos e Jesus, na sua época, acreditava no que fazia e nós, como seus seguidores, temos que também acreditar no que fazemos. É só abrir os jornais para perceber que o mundo precisa da Boa Nova”.
Programação
Além desta celebração, os fiéis se unem, também, na celebração de Lava Pés, na noite de quinta-feira. Na Catedral Metropolitana, a Semana Santa, que celebra a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, será vivenciada, na sexta-feira, 30, às 9h, com a Bênção das Ervas Medicinais; às 10h30 a Via Sacra da Catequese; às 15h a Liturgia da Paixão e Morte com a procissão, por volta das 16h, ao redor da Praça Marechal Floriano; e, às 20h, a Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição. No sábado, dia 31, às 19h a comunidade vai celebrar a Vigília Pascal com a bênção do fogo e da água.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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