Em torno de 600 professores e alguns estudantes lotaram o Centro Cultural José da Silveira, de Tapejara, na manhã dessa quarta, 14 de agosto de 2024, para ouvir a palestra “Encantar a Educação, Valorizar o Educador”, proferida pelo professor Humberto Herrera, consultor da Comissão da Pastoral da Educação e da Cultura, da CNBB. Esta iniciativa formativa, que se insere também na celebração da semana da família, resulta de uma importante parceria entre a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, Conselho Paroquial de Pastoral, Movimento Familiar Cristão e Pastoral da Educação com a Prefeitura e Secretaria Municipal de Educação. Além dos educadores de Tapejara, evento contou com expressiva participação de educadores vindos de Água Santa, Charrua, Santa Cecília do Sul e Vila Lângaro. Autoridades do Executivo e Legislativo de alguns Municípios também prestigiaram o evento, assim como presbíteros e diácono da Área Pastoral, bem como a pastora e representantes da Igreja de Confissão Luterana do Brasil.
A palestra abriu a programação da III Jornada da Inteligência da Secretaria Municipal de Educação, que ainda contou com outros palestrantes, que abordaram temáticas referentes à Educação socioemocional e sustentabilidade. À noite, o prof. Humberto falou às famílias, que acorreram de forma expressiva, também lotando o auditório. A temática abordada foi a missão da família e da Escola no cuidado da Casa Comum. Todas estas temáticas estão relacionadas com o Pacto Educativo Global, do Papa Francisco, e com o documento da UNESCO Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação e estão referenciadas no 18º Plano Arquidiocesano de Pastoral.
Em sua fala Humberto discorreu sobre a importância da educação na formação das novas gerações, que precisam ser nutridas, fazendo referência ao Papa Francisco quando disse “na educação habita a semente da esperança”. Ao mesmo tempo, salientou o quanto é preciso que a escola seja um espaço para a pauta climática, uma agenda que precisa ser assumida por todos e juntos, fazendo com que os conhecimentos das ciências se conectem com os desafios da nossa realidade. Na era da tecnologia, é preciso lembrar-se do arroz e feijão que nutre o cotidiano das pessoas, dando destaque ao papel da escola em acolher e cultivar relações saudáveis. Fez menção também aos critérios e qualidades para quem assume a tarefa do educar na escola: que sejam profissionais que gostem de gente, que sejam pessoas de mente aberta, que saibam ouvir e dialogar, compreender e ressignificar os conhecimentos; que exerçam e promovam relações cooperativas com seus alunos; que acreditem, valorizem e acolham o Mistério da vida; que sejam compassivos, desenvolvam a sensibilidade e preocupem-se com a justiça social e ecológica. E perguntou: qual o projeto de “futuros”, pessoal e coletivo, que estamos construindo?
Ao falar aos pais, Humberto deu ênfase à dinâmica cooperativa que precisa existir entre a família, a escola e a Igreja, sabendo respeitar e valorizar cada instituição nas suas especificidades. Ao referenciar-se à pequena família de Nazaré, afirmou que a primeira Igreja é a família, aonde se aprendem, na convivência, os valores essenciais, como o cuidado, a confiança, a segurança, a fé. Trouxe uma palavra do Papa Francisco para dizer que a “família é uma tarefa artesanal”, a ser tecida na cotidianidade e que ela é um laboratório da sociedade.
A programação foi coroada de êxito e trouxe grande contentamento aos organizadores e também à comunidade, que soube prestigiar e participar. Na avaliação do Padre Carlos, “o evento superou as expectativas, tanto em participação, quando no conteúdo trabalhado pelo dr. Humberto”. Para o representante da Comissão de Educação da Arquidiocese, Diácono Silvio, “o que foi realizado em Tapejara torna-se um indicativo exemplar para a Arquidiocese, que aponta para as possibilidades de gestão de iniciativas que façam chegar as propostas do Pacto Educativo às lideranças comunitárias, valorizando as instituições educativas e os educadores. É este o caminho e esta é a nossa missão: fermentar as mentes e corações para que contribuam na obra da criação”.
Fonte: ASCOM - Elisabete Gambatto
