Celebração aconteceu em Dois Lajeados e envolveu a comunidade
A comunidade São Vicente, em Dois Lajeados, celebrou, no último domingo, 24, a vida do jovem Moisés Geremia que foi ordenado Diácono, recebendo, assim, o primeiro grau da Ordem e dando mais um passo em sua caminhada vocacional. Com o lema escolhido - “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5, 3) Moisés continuará atuando na paróquia São José Operário, em Passo Fundo, e assume, mais intensamente, o compromisso em servir ao povo de Deus, especialmente na liturgia, na Palavra e na caridade.
Chamado de Deus
Moisés, que é natural de Dois Lajeados, viu sua vocação ser despertada, em meio à família, às celebrações que participou e ao grupo de jovens Curso de Liderança Juvenil (CLJ). Todo o processo de discernimento e aproximação de Deus, levaram o jovem a ingressar no Seminário e a celebrar, junto dos amigos, da família e da comunidade a vivência do diaconato. Durante a homilia, dom Rodolfo Luís Weber, arcebispo de Passo Fundo, destacou que a missão abraçada por Moisés deve ser, sempre, um caminho realizado em conjunto. “É um chamado de Deus e um caminho a ser percorrido com a Igreja. O ministério ordenado não é um privilégio, mas um serviço para o Povo de Deus, uma missão”, iniciou. “Este é um momento bonito para o Moisés, mas é, também, um momento da Igreja. Rezemos para que a missão do Diácono esteja em plena comunhão com o Senhor”, pediu.
Lema que provoca e transforma
Ainda, dom Rodolfo destacou que o lema escolhido por Moisés é provocativo e propõe uma mudança de vida. “As Bem Aventuranças, de uma forma geral, são extremamente provocativas para o fiel discípulo de Cristo. Para quem não está ligado ao Senhor, são um absurdo, algo sem sentido. Jesus, em sua fala, apresenta aquilo que faz uma pessoa feliz. Todos queremos ser felizes com a mesma ânsia que temos fome e sede. Mas o caminho nem sempre é claro”, colocou o arcebispo que complementou: “Não é simples entender que o caminho proposto por Jesus – as Bem Aventuranças – nos desinstalam. Não é simples entender que este é um caminho que vale a pena viver e anunciar. Mas este é o caminho que Ele quer para aqueles que se encantam com o seu projeto. Não é lei, mas é Evangelho”.
Doação e serviço
Ainda, durante a celebração, Moisés recebeu a túnica das mãos dos pais, a estola diaconal das mãos do irmão e dos sobrinhos e a Bíblia das mãos dos padrinhos. Também, durante o rito de ordenação, colocou-se diante do arcebispo para reafirmar seu propósito e prostou-se como sinal de total entrega e disposição ao projeto assumido. Mais tarde, em sua fala, Moisés destacou a alegria e a preocupação com o compromisso assumido e recordou que o serviço exige entrega. “Deus nos convida à santidade e o lema de ordenação – que é de todos nós – nos provoca permanentemente para esta realidade. Inseridos num contexto complexo, percebemos que alguns dramas se tornam cada vez mais comuns. Ainda há muitos que choram, são submetidos e tem fome e sede de justiça. Porém, se formos sensíveis, sentiremos uma grande necessidade de viver humanamente, encontrar os últimos e ser solidário com eles. Não podemos nos afastar das periferias e daqueles que mais sofrem, porque todos temos uma vocação diaconal, que é essencialmente doação, serviço”, enfatizou.
O jovem também agradeceu à família, aos formadores e àqueles que encontrou no caminho. Por fim, pediu as orações da comunidade e incentivou que todos saibam compreender e aceitar o serviço pelo Reino. “Estimados irmãos e irmãs: o projeto do Reino de Deus é atual e extremamente necessário. Não nos cansemos de trabalhar por esta proposta que envolve todas as dimensões da existência! Mesmo que às vezes os resultados sejam frágeis, vale a pena arriscar-se na certeza de que a semente lançada com amor e simplicidade, produz o seu fruto”.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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