"Cristo, através da sua Páscoa, mostra a nós, criaturas humanas, que também precisamos viver constantemente a experiência e a vivência pascal. O fato aconteceu há dois mil anos e não se repete. Mas Cristo não é do passado, segue sendo atual. O que celebramos esta noite é a passagem de Cristo para a Casa do Pai. Celebramos, hoje, a ressurreição do Senhor e, também, as nossas passagens. Cristo é o começo e o fim e é isto que celebramos.". As palavras de dom Rodolfo Luís Weber, ditas durante a homilia da celebração da Vigília Pascal, realizada na noite de sábado, 12, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida sem a presença do povo e transmitida pelas redes sociais, resumem o real significado da Páscoa celebrada no último final de semana: a angústia, a dor e a morte cedem espaço para a alegria da vida nova que chega a partir da ressurreição de Cristo.
A celebração do Sábado de Aleluia, bastante significativa para a Igreja, se constrói a partir de uma liturgia que narra a Páscoa desde o Antigo Testamento e apresenta, pouco a pouco, a ação de Deus em favor dos homens. Além das leituras, salmos e evangelhos, a liturgia apresenta, ainda, a bênção do fogo – que acende o Círio Pascal, dando início a um novo ano litúrgico e representa, também, a luz do Cristo ressuscitado – e celebra a liturgia batismal – onde a comunidade tem a oportunidade de renovar as promessas do batismo a partir da bênção da água.
Todos os momentos vivenciados se apoiam e buscam mostrar a transformação trazido por Jesus. “O Cristo que ressuscita é o mesmo que se dá por nós na Cruz. E isso não é apenas um espetáculo para Deus mostrar seu poder. Ele nos envolve. Seu ato vale para sempre. Tudo foi feto como um dom, gratuidade e cuidado com a sua criatura. Hoje, Deus continua oferecendo meios para cuidar das susas criaturas e vai cuidando de nós. Do túmulo frio, vazio, com cheiro de morte, explode a vida, a luz do mundo", colocou o arcebispo.
Também, Dom Rodolfo ressaltou alegria pela ressurreição que motiva a olhar para o próximo e para a vida. "É preciso ressuscitar aquilo que torna, de fato, uma sociedade bela. Todo dia convivemos com a morte - não apenas em tempos de Coronavírus. A morte faz parte da vida, mas quem morre em Cristo também ressuscita com Ele. Por isso, hoje é a noite de cantarmos as alegrias do Senhor. É momento de cantarmos as maravilhas realizadas durante a história, de prestar glórias aonosso Deus, de louvar e bendizer aquilo que Ele é e aquilo que Ele faz", conclui.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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