Em Passo Fundo, mais de 2 mil pessoas participaram da celebração na Catedral Nossa Senhora Aparecida
“Cristo se oferece a nós para permitir que vivamos o seu seguimento nesse mundo e, assim, multiplicamos o ensinamento que Ele nos deixou”, comentou dom Rodolfo Luís Weber durante a sua homilia na solenidade de Corpus Christi na tarde desta quinta-feira, 15, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em Passo Fundo. “Neste admirável sacramento celebramos a memória do Senhor. Temos, aqui, o alimento para a nossa vida” complementou o arcebispo que, ainda, chamou as cerca de 2 mil pessoas que participaram da celebração à doação e à generosidade.
Compromisso do cristão
Presidida por dom Rodolfo, a missa foi concelebrada pelos padres Ari dos Reis, Rodimar Mascarello e, também, pelo arcebispo emérito dom Ercílio Simon. Em sua fala, dom Rodolfo colocou que a eucaristia é um alimento que traz todas as substâncias necessárias para os cristãos vivenciarem sua fé. “O primeiro ensinamento da Eucaristia é de que o Cristo se dá como alimento para a conservação da nossa fé. Ele nos alimenta para nos tornar capazes e para a continuidade da fé. De um lado temos a grandeza e a beleza da doação do Senhor por nós e, a partir disso, nasce o nosso compromisso pelo seguimento de sua mensagem através de nossa fé e de nossa doação”, destacou.
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Procissão
Depois da missa, os fiéis foram convidados para a tradicional procissão ao redor da Praça Marechal Floriano onde os grupos de movimentos e pastorais da paróquia receberam a bênção do Santíssimo Sacramento. Ainda, ao fim do trajeto, dom Rodolfo leu a sugestão de oração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que indicou a data de Corpus Christi como uma Jornada de Oração Pelo Brasil. “Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, para que dê a paz ao Brasil e ao mundo inteiro. Cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana”, diz o texto.
Solidariedade: gesto concreto de amor
Buscando vivenciar a prática da solidariedade, a Área Pastoral de Passo Fundo fez a opção por recolher, durante as celebrações em todas as paróquias, material de higiene, cobertores e alimentos não perecíveis que serão encaminhados para a Pastoral Carcerária.
Tapetes: passagem para o Cristo
Os tapetes de serragem, que abrem caminho para a passagem do Cristo Eucarístico, assumem, a cada ano, formas e cores diferentes, de acordo com a realidade vivida pela Arquidiocese. Em Passo Fundo, as paróquias São Vicente de Paulo, São Francisco de Assis, São José e São José Operário confeccionaram os tapetes com serragem, papeis e tintas para acolher a passagem do Corpo de Cristo nas procissões. Na região, as cidades de Marau, Camargo, Tapera, Sarandi, Nova Alvorada, Não-Me-Toque, Victor Graeff, Casca e Selbach também realizaram a atividade.
Origem
A celebração de Corpus Christi teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, quando a irmã Juliana de Cornion teve visões de Cristo demonstrando-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que ainda hoje são usados durante a celebração.
Significado
A expressão Corpus Christi vem do latim e significa Corpo de Cristo. Durante a última ceia Jesus pediu que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. "O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente".
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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