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O trajeto de sete quilômetros, percorrido há quase 40 anos pelos romeiros de Nossa Senhora Aparecida, foi substituído, neste ano de pandemia, por uma novena rezada em família através de vídeos publicados nas redes sociais e por uma Celebração Arquidiocesana – realizada nesta segunda-feira, 12, e também transmitida pelas redes sociais. E foi assim que, em tempos de coronavírus e distanciamento social, a padroeira do Brasil e da Arquidiocese foi celebrada pela comunidade.
O distanciamento e a impossibilidade da realização da Romaria não impediram a comunidade de rezar e agradecer a intercessão de Nossa Senhora. Os vídeos da novena – publicados de 02 a 10 de outubro – foram orientados pelo tema "Aparecida, Mãe que cuida da vida" e refletiram sobre as diferentes dimensões do cuidado. Além deles, as missas nas comunidades e paróquias da Arquidiocese também ressaltaram a presença de Aparecida em meio ao povo. No dia 12, a comunidade arquidiocesana pôde ouvir, ainda que através das redes sociais, o arcebispo Dom Rodolfo Luís Weber ressaltar, mais uma vez, o papel de Maria como um exemplo de cuidado, atenção e entrega a Cristo e seu projeto.
Na homilia, Dom Rodolfo ressaltou que o momento que o mundo vive é, também, um momento para fortalecer a fé. "Este é um ano sem Romaria não significa que seja um ano sem a presença e intercessão de Maria. Esse foi um ano que não foi possível realizar as tradicionais celebrações e caminhar com pessoas lado a lado - sentindo suas dores, alegrias e expressões de fé. Podemos dizer que experimentamos uma espécie de jejum forçado. E a Igreja, em sua tradição, ressalta que o jejum é algo bom, uma experiência de crescimento da fé e do conhecimento de Jesus Cristo", colocou. "Renunciamos às romarias para abraçar algo ainda maior: o dom da vida - o cuidado e a preservação da vida.", enfatizou.
O arcebispo destacou, ainda, a necessidade de aprofundar a relação com a fé. "Sentimos falta das celebrações, mas não podemos ficar apenas nesta inquietação. A carência de hoje deve ser motivo de aprofundar e aumentar o desejo de celebrar com dignidade a solenidade de Nossa Senhora Aparecida", motivou. "Romeiros e romeiras: não nos faltam sinais para crer em Jesus. Sobram sinais. E o sinal maior que cremos em Cristo é fazer o que Ele nos disser. Os caminhos de Deus para chegar aos seus filhos e filhas são muito mais generosos e variados do que a imaginação humana pode sonhar. Tenham certeza que as súplicas, pedidos, agradecimentos, promessas e angústias vão chegar a Deus por intercessão da MãA aparecida. E as bênçãos serão abundantes", completou Dom Rodolfo.
Ao fim da celebração, as vítimas do Coronavírus foram relembradas e a oração foi direcionada para as famílias que sofreram a dor da perda. A ladainha de Nossa Senhora Aparecida foi o consolo destes e de todos os que veem em Nossa Senhora uma mão protetora e amiga. "Em tempos de pandemia, imploramos de modo especial que a Mãe Aparecida leve a Deus as vítimas do Covid-19 e cuide, especialmente, de seus familiares que não puderam fazer uma despedida digna. Irmçaos e irmãs, permaneçamos firmes na fé e que Maria nos ajude em nosso peregrinar", concluiu o arcebispo.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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