Entre Natal e Vocação há uma profunda simbiose. Duas realidades que se completam em um mesmo plano: do Divino para o Humano. Aproxima-se um acontecimento inigualável na história da humanidade, a memória e comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Uma decisão divina em vista da salvação da criatura amada. Um marco histórico e um dado de fé. Pela história atestamos a presença e os feitos, pela fé vivenciamos o amor misericordioso de Deus pela humanidade. A vocação de Deus é amar! Por esta vocação insere na alma a vocação de cada criatura humana. Vocação é o grito de Deus para a realização do ser humano como gente. O Natal é um momento importante para renovar a vocação, ou se for o caso, discernir qual é a minha vocação.
O nascimento de Jesus Cristo foi ganhando corpo nos primeiros séculos da era cristã pelos seus seguidores, que pouco a pouco, por volta do século IV, perceberam a grandeza deste momento e fixaram o dia 25 de dezembro para tal comemoração. Entretanto, é do Evangelho que nos vem a prova mais cabível, segundo a fé cristã, da natividade de Jesus Cristo:
“Naqueles dias, apareceu um edito de Cesar Augusto, ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado. Esse recenseamento foi o primeiro enquanto Quirino era governador da Síria. E todos iam se alistar, cada um na própria cidade. Também José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, para a Judeia, na cidade de Davi, chamada Belém, por ser da casa e da família de Davi, para se inscrever com Maria, sua mulher, que estava grávida. Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, por que não havia um lugar para eles na sala”. (Lc, 2,1-7).