A Igreja – entenda-se todos os católicos – está convocada para o JUBILEU de 2025, com o lema PEREGRINOS DE ESPERANÇA. O Papa Francisco pede que se prepare o Jubileu retomando e redescobrindo as belezas dos ensinamentos dos textos fundamentais do Concílio Vaticano II, a saber: Constituição Dei Verbum sobre a Palavra de Deus; Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a liturgia; Constituição Lumen Gentium sobre a Igreja e a Constituição Gaudium et Spes sobre a presença da Igreja no mundo.
O que se entende por retomar e redescobrir os textos mais importantes do Vaticano II? Em primeiro lugar, é ler e estudar as próprias constituições, depois ler e estudar o que foi escrito sobre elas, participar de palestras, cursos. Outra leitura fundamental são os 34 Cadernos do Concílio publicados pelo Dicastério para a Evangelização. Estes cadernos foram publicados no Brasil pelas Edições CNBB. No primeiro caderno o Papa Francisco escreve: “Confio às mãos de todos os cristãos, especialmente dos jovens, estes subsídios ágeis e eficazes, que percorrem os temas fundamentais das quatro Constituições conciliares”. Tudo isto para realizarmos com alegria e eficazmente a missão evangelizadora.
O Concílio Vaticano II aconteceu de 1962 a 1965, entre os meses de setembro ou outubro até dezembro. O Concílio foi convocado pelo Papa São João XXIII (25/11/1881 + 03/06/1963) e continuado por São Paulo VI (26/09/1897 +06/08/1978). O desafio de convocar, conduzir e concretizar as decisões do Concílio foram marcados por muitos desafios. A santidade destes dois papas é um sinal de Deus. Deus inspirou os cardeais para escolherem os papas conforme a sua vontade para conduzirem a Igreja na época conciliar.
O Papa São Paulo VI promulgou as decisões do Concílio Vaticano II: são 04 Constituições, já citadas; 09 decretos – Unitatis Redintegratio sobre o ecumenismo, Orientalium Ecclesiarum sobre as Igrejas Orientais Católicas, Ad Gentes sobre a atividade missionária, Christus Dominus sobre o múnus pastoral dos bispos, Presbiterorum Ordinis sobre o ministério e a vida dos presbíteros, Perfectae Caritatis sobre a vida religiosa, Optatam Totius sobre a formação sacerdotal, Apostolicam Actuositatem sobre o apostolado dos leigos, Inter Mirifica sobre os meios de comunicação social; 03 declarações: Gravissimus Educationis sobre a educação cristã; Dignitatis Humanae sobre a liberdade religiosa, Nostrae Aetate sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs.
Antes do Concílio Vaticano II ser convocado e realizado ele foi sendo desejado e preparado. As mudanças no mundo estavam se acelerando, surgiram novos desafios e a Igreja desejava continuar a missão evangelizadora de forma eficiente. No dia 11/10/1962, na abertura do Concílio, São João XXIII falou: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. Essa doutrina abarca o homem inteiro, composto de alma e corpo, e a nós, peregrinos nesta terra, manda-nos tender para a pátria celeste”.
Através de breves artigos semanais vamos conhecer melhor a Constituição Sacrosanctum Concilium publicada em 04 de dezembro de 1963. Ela ensina que a “liturgia é cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força”. Na liturgia se destaca principalmente o Sacramento da Eucaristia que é o alimento constante para cada fiel e para vida da comunidade. Nela todas as pessoas têm o direito e o dever de participar de forma ativa, consciente e frutuosa.
Desejamos que a leitura semanal dos artigos proporcione o crescimento no amor e conhecimento de Jesus e da liturgia da Igreja.
Fonte: Dom Rodolfo Luís Weber – Arcebispo de Passo Fundo