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22.Abr - Artigo 8 - A Igreja celebra no domingo o evento da salvação.
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Artigo 8 - A   Igreja celebra no domingo o evento da salvação.

 


A Constituição litúrgica esclarece teologicamente o sentido de celebrar e recordar os Mistérios de Cristo e reafirmar que, no domingo, cada comunidade, ao fazer memorial, toma parte na graça da salvação que emana do Mistério Pascal da Paixão, Morte   e Ressurreição do Senhor.


A Carta Apostólica Desiderio Desideravi, reflete no capitulo 65 que o domingo é o Dia do Senhor e a Igreja é convocada a se reunir para celebrar o Memorial do Mistério Pascal, do qual a comunidade participa por meio dos santos sinais. Será aprofundado, por tanto, o significado da reunião festiva e, igualmente, revistos alguns elementos de teologia da Missa, onde mostra que a Eucaristia é a celebração do evento que, em cada domingo faz-se memória.


Após a sua paixão e morte, o Ressuscitado apareceu aos apóstolos e conforme narram os evangelistas Marcos, Lucas e João, após apresentar-se, Ele mostrou as marcas da paixão, desejou a paz e infundiu o Espírito Santo. Este era o primeiro dia após o sábado. O encontro de Jesus com os apóstolos voltou a acontecer oito dias após.


Em Jo 20,26-29 fica claro, que a centralidade do domingo, “dia do Senhor”, para o cristão, é a celebração do Mistério Pascal de Cristo. Ele ensinava aos discípulos daquela época e ensina aos de hoje também, a atualizarem a presença Dele todos os domingos. Assim, o encontro dominical que chamamos de missa, é o primeiro lugar para o cristão ver que Cristo Vive.


As comunidades cristãs de origem judaica, festejavam dois dias: no sábado iam à sinagoga escutar a Escritura e no domingo se reuniam para a fração do pão. No entanto, o sábado começou a perder sua importância, quando os gentios começaram a se converter. Aos poucos os valores espirituais do sábado foram sendo passados para o domingo. Se destaca aqui também o aspecto do dia do repouso, não apenas para recuperar o cansaço do corpo e lembrar o repouso de Deus após a criação, mas para dedicar-se ao estudo da Lei. Como afirma Giuseppe Midili no Caderno do Concílio (12) da coleção Jubileu 2025 Peregrinos de Esperança, “O domingo se torna então o dia da Eucaristia e do repouso (no qual toda a criação é reconduzida a Deus), para dedicar-se à contemplação dos mistérios da salvação. Por ser o dia em que se celebra a Eucaristia semanal, memorial da Morte e Ressureição do Senhor, o domingo é a festa mais antiga, a qual não se deve antepor nenhuma outra celebração, pois ela inclui e exprime, o núcleo central da fé da igreja: O Mistério Pascal”.


Há dois mil anos, os cristãos se reúnem todos os domingos para se nutrirem à mesa da Palavra e à mesa do Corpo de Cristo, e assim recordar que, fazer memória se cumpre na escuta da Palavra e na participação na Eucaristia.


No Concílio Vaticano II, os Padres vão especificar que a finalidade da instituição da Eucaristia por parte de Jesus, é dupla. A primeira é perpetuar “pelos séculos, até que ele volte, o Sacrifício da Cruz”, onde Cristo, pelas mãos do sacerdote se faz presente no Sacrifício Eucarístico. A segunda finalidade, conforme diz no SC nº7, é confiar “à Igreja, sua amada Esposa, o memorial de sua Morte e Ressurreição: sacramento da piedade, sinal de unidade, convívio pascal”.


Toda a Igreja é convidada a participar ativamente desse mistério de fé. Sendo assim, reunir-se em assembleia para escutar a Palavra, participar dos ritos e gestos da celebração eucarística, render graças a Deus, saciar-se com a Eucaristia, sentir-se parte no memorial de Cristo e ser comunhão com todos os fiéis, explica a centralidade do domingo, Dia do Senhor.


Participar da celebração, da recordação do Mistério Pascal, reforça o compromisso de acolher a mensagem da Palavra de Deus, especialmente o Evangelho que ordena a amar os irmãos e as irmãs.


 


Fonte: Maria Piccinini

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