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26.Ago - Artigo 26 - A SAGRADA ESCRITURA E A LITURGIA
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Artigo 26 - A SAGRADA ESCRITURA E A LITURGIA

 


 


 


Toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. A Igreja não evangeliza, se não se deixa continuamente evangelizar. É indispensável que a Palavra de Deus ‘se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial’. A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida diária (EG, n. 174). 


 


Em razão da preparação para o Jubileu 2025 nasceu a coleção Cadernos do Concílio que visa ser subsídio para melhor celebrar este momento. O sétimo volume desta coleção, autoria de Maurizio Compiani sob a responsabilidade do Dicastério para a Evangelização, trata da Sagrada Escritura na Liturgia. Nesse volume, embora as linhas que seguem restringirem-se ao primeiro capítulo, é proposta a reflexão sobre a íntima relação entre a Liturgia e a Sagrada Escritura, uma vez que ambas pertencem ao DNA da fé bíblica judaico-cristã, sendo esta característica própria do seu evento fundador: a Páscoa.


Isto significa dizer que na Liturgia, a Sagrada Escritura é sua espinha dorsal, sustentáculo da fé cristã e é por isso que o cristão deve vivenciá-la com gosto, entusiasmo e com a máxima profundidade. Afinal, “só quem se coloca primeiro à escuta da Palavra é que pode depois tornar-se seu anunciador” (VD 51). A Liturgia torna viva a unidade entre o Antigo e o Novo estamento, mas com uma singularidade apresenta o Mistério da Salvação. Um “‘mistério que ele manteve escondido desde séculos’ (Cl 1,26), encontrou o seu pleno cumprimento na morte e na ressurreição do Filho para toda a humanidade, fazendo do próprio Cristo a Páscoa da nossa salvação (cf. I Cor 5,7)”. É nesse sentido que se pode afirmar que há uma profunda proximidade entre a ação litúrgica e o anúncio da Palavra de Deus, uma vez que esta última é a fonte de água viva que irriga a Liturgia. A Páscoa do Êxodo e a Páscoa de Cristo se constituem num único evento salvífico, que é ao mesmo tempo histórico e litúrgico e foi querido, criado, vivenciado e celebrado pelo povo de Deus. Por essa razão o rito litúrgico da memória pascal não se torna apenas uma lembrança, mas uma vivência ritual que faz memória da salvação que renovou a história.


A Liturgia é por esta razão o lugar privilegiado para a proclamação, escuta e celebração da Palavra de Deus, impulsionadora da vida cotidiana de quem vive o rito. Assim, se requer impulsionar a Palavra tornada viva na Liturgia para que ela se torne cada vez mais o coração da vida da Igreja e de toda sua atividade eclesial. A Liturgia, por sua vez, enquanto lugar da proclamação da Palavra que faz memória da Páscoa, se torna um memorial do evento salvífico originário vivido como ato de culto. Assim, ao celebrar a liturgia se compreende ainda mais os significados e as releituras da Escritura. Celebra-se a liturgia para viver a Escritura e vive-se a Escritura celebrando-a liturgicamente. É desta íntima relação que se firma uma evangelização na Palavra vivida e celebrada e que torna a ação pastoral viva e fecunda.


 


Fonte: Regiano Bregalda

Equipe Arquidiocesana de Liturgia

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