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19.Ago - Artigo 25 - Elementos constitutivos da Liturgia das Horas
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 Artigo 25 - Elementos constitutivos da Liturgia das Horas

 


 


Na primeira parte deste artigo comentamos sobre os elementos rituais, os salmos – coração da Liturgia das Horas e as Antífonas. Nesta segunda parte comentaremos sobre as leituras, responsórios, hinos, orações de petição, recitação do Pai Nosso, oração da coleta, silêncio e oração final. Faremos também uma menção ao capítulo 5 “A recepção eclesial da Liturgia das Horas Renovada”, do livro A Liturgia das Horas, de Edward McNamara (Coleção Cadernos do Concílio, n° 10, edições CNBB).


 


Leituras e responsórios


Uma das inovações esperadas e introduzidas na reforma da Liturgia foi o acréscimo de uma variedade de leituras das Sagradas Escrituras e dos Santos Padres. As leituras abarcam aspectos importantes da História da Salvação. As do Antigo Testamento mostram que Deus se revela ao povo e o guia rumo à plenitude da revelação – Cristo. As do Novo Testamento – que não incluem as narrativas evangélicas – harmonizam com as leituras da Missa. Também há textos dos Santos Padres e outros Santos, de ensinamentos de Papas e Concílios, geralmente, meditação da Palavra de Deus. São textos de pessoas que assimilaram a Palavra, vivendo-a santamente, alguns chegando até o testemunho supremo do martírio. Os textos oferecem fundamento para a espiritualidade e alimento para a piedade.


Os responsórios ajudam a iluminar a passagem lida e constituem uma resposta à leitura, transformando-a em oração, aclamação e fonte de contemplação e meditação.


 Hinos


Muitos dos hinos do Ofício Divino não provêm diretamente das Escrituras, embora tenham lá raízes. A Igreja desde as origens teve apreço por hinos (cf. Ef 5,19) mas também receios pois através deles pode-se difundir “ensinamentos” falsos. Com a reforma, os hinos encontraram maior acolhida no Ofício. Valorizou-se a beleza poética, a linguagem rimada, a santidade de vida dos autores, a expressividade da mística cristã, os ensinamentos da doutrina da Igreja. No original, a maioria dos hinos provém do latim e de autores como Santo Anselmo, Santo Hilário, Prudêncio, São Gregório Magno...


 Orações de Petição


Um dos pedidos de liturgistas aos Padres Conciliares era o de que se introduzissem, na Missa e no Ofício, orações de petições (preces dos fiéis) uma vez que haviam, praticamente, desaparecido. Esta proposta foi aceita e, assim, embora a Liturgia das Horas celebra o louvor divino, não o separa da oração de petição. As preces da manhã entregam e consagram o dia a Deus enquanto as da tarde encerram o dia. A intercessão final das Vésperas recorda os defuntos. Enfim, pede-se pelas necessidades de toda a Igreja e do mundo inteiro, indo além das necessidades pessoais e imediatas.


 Recitação do Pai Nosso


Outra renovação sugerida e aceita no atual livro da Liturgia das Horas é a recitação do Pai Nosso três vezes ao dia: na Missa e após as intercessões das Laudes e das Vésperas. Sabe-se que muitos cristãos rezam o Pai Nosso mais vezes, mas entende-se que estas três vezes são consideradas a oração do corpo místico de Cristo – a Igreja – que “ousa” chamar Deus de “Pai” (Abbá). Esta ousadia é comprometedora pois nos leva a viver a filialidade divina e o espírito comunitário (inspirados na Santíssima Trindade).


 Oração da coleta


A Liturgia das Horas encerra com uma breve oração chamada de “coleta”. Nas laudes, vésperas e ofício das leituras, geralmente, coincidem com a coleta da Missa. A oração final do dia e das completas, geralmente, são específicas do horário, tempo ou festa litúrgica. Quase sempre contêm uma invocação (Pai, Senhor...), uma anamnese (recordação da ação de Deus), a súplica ou a finalidade (dai-nos...) e a conclusão (Por Nosso Senhor...).


 Silêncio e saudação final


Embora a Liturgia das Horas seja uma oração vocal, inclui também o silêncio para facilitar a ressonância da voz do Espírito Santo nos corações e unir mais estreitamente a oração pessoal com a Palavra de Deus e a voz pública da Igreja.


A saudação final recorda aos cristãos sua caminhada rumo ao céu, acompanhados da bênção de Deus e da sua proteção contra o mal, pedindo para louvar a Deus com toda a vida, de acordo com o Evangelho.


 A recepção eclesial da Liturgia das Horas renovada


A Liturgia das Horas, após a reforma, foi adotada e é utilizada por comunidades de religiosas consagradas, por leigos e leigas e por ministros ordenados. Em algumas paróquias introduziu-se a prática de recitar as laudes e as vésperas antes da Missa. Nos últimos anos parece que cresceu o número de leigos que rezam pessoalmente uma vez que o texto está disponível, gratuitamente, na internet em blogs, aplicativos, “comunidades online”. Também há estudos (formação) sobre este método de oração que o torna mais conhecido.


 


 


Fonte: Pe. Ivanir Antonio Rampon

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