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12.Ago - Artigo 24 - Elementos constitutivos da Liturgia das Horas
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Artigo 24 - Elementos constitutivos da Liturgia das Horas


O capítulo 4 do livro A Liturgia das Horas de autoria de Edward McNamara (Coleção Cadernos do Concílio, n° 10) tem por título “O progresso espiritual mediante os elementos constitutivos do Ofício Divino”. O autor comenta sobre elementos rituais e explica o rito do Ofício Divino. Neste artigo comentaremos sobre os elementos rituais, os salmos – coração da Liturgia das Horas e as Antífonas. No próximo texto, comentaremos outras partes do ritual do Ofício Divino.


 Elementos Rituais


A Liturgia das Horas faz uso de vários elementos rituais que apelam a todos os sentidos por meio da música, dos sinais e dos símbolos: cores, vestes, luz, incenso, posturas, gestos... Estes elementos demonstram a ligação entre o Ofício, a Eucaristia e o ano litúrgico.


As diversas posturas durante a oração reportam ao elemento e à atitude espirituais: estar atentos e meditativos quando nos sentamos para a recitação dos salmos e das leituras; louvar alegremente a Deus quando ficamos em pé para cantar os hinos e cânticos evangélicos.


A música é uma marca do Ofício. Diz a Instrução Musicam Sacram – sobre a Música na Liturgia (1967): “A celebração cantada do Ofício Divino é a forma que melhor se adequa à natureza dessa oração. Expressa mais plenamente a sua solenidade e expressa uma união mais profundo dos corações no elevar louvores a Deus”. Cabe ressaltar que o canto exige dom, atenção, disciplina e arte...


 Os salmos


Os salmos constituem o núcleo do Ofício Divino. Os salmos alimentaram a fé do povo judeu por séculos em tempos de paz, perseguição, exílio. Jesus Cristo e os Apóstolos rezaram e cantaram salmos. A Igreja, por sua vez, interpreta-os em referência a Cristo. Por isso, na Liturgia das Horas, cada salmo é acompanhado com uma breve frase exortativa, elaborada a partir de uma citação do Novo Testamento ou dos Padres da Igreja, associando-o a um episódio da vida de Cristo. O significado cristológico também se explicita pelo fato de cada salmo terminar com um louvor à Santíssima Trindade.


A teologia da Liturgia das Horas pode formar para a caridade pastoral e na oração em comunhão: “Muitas vezes, o salmo que corresponde ao Ofício do dia não corresponde ao nosso estado sentimental e emocional. Nesses momentos, entendemos que estamos orando como Igreja, em comunhão com Cristo e seus membros. A nossa recitação do salmo vai muito além da nossa esfera pessoal para alcançar toda a Igreja e, na providência de Deus, tocar a vida daquele irmão e irmã que mais necessita desta oração, mas que talvez seja incapaz de se dirigir a Deus” (cf. E. McNamara).


Os salmos, na Liturgia das Horas, foram organizados em um ciclo de quatro semanas. Há também trinta e cinco cânticos bíblicos e três cânticos evangélicos: o Benedictus pela manhã, o Magnificat no fim da tarde e o Nunc Dimittis nas Completas.


Há diversas formas de recitar os salmos: a) dois coros alternados; b) toda a comunidade canta em conjunto; c) solista (ou o coro) canta as estrofes enquanto a comunidade canta uma antífona ou aclamação; d) solista canta uma estrofe e a comunidade outra de forma alternada; f) pode ser lido ou cantado por um solista e a comunidade escuta.


 As antífonas


As antífonas, que são colocadas antes de cada salmo, podem ser recitadas no final do mesmo e como resposta de cada estrofe. Além de relacioná-lo ao mistério de Cristo, indica o sentido pelo qual o salmo ou o cântico pode ser interpretado. A Introdução Geral à Liturgia das Horas esclarece: “as antífonas ajudam a ilustrar o gênero literário do salmo (...) acentuam algum pensamento especialmente digno de atenção e que poderia passar despercebido; conferem matiz particular a determinado salmo em certas circunstâncias; e ainda são de grande ajuda para a interpretação tipológica ou festiva (...) podem tornar mais agradável e variada a recitação dos salmos”.




 



Fonte: Pe. Ivanir Antonio Rampon

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