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17.Ago - Os conselhos evangélicos
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Os conselhos evangélicos

 


A vida consagrada tem sua iniciativa num Deus que chama e a pessoa de forma livre e radical responde a este chamamento divino com uma fé sempre crescente, muita oração e cultivo interior, buscando superar seus limites na entrega de si e no serviço aos irmãos na construção do reino de Deus.


É um apaixonamento radical ao amor por Jesus Cristo pobre, obediente e casto num carisma específico onde vai colocando seus dons pessoais recebidos numa comunhão com o carisma revelado pelo Espírito Santo ao fundador (a) numa missão específica.


A vivência dos conselhos evangélicos é um meio da pessoa viver sua consagração a Deus a exemplo de Jesus, o Consagrado do Pai. Assim, "o seu próprio ser de Filho é o voto eterno e indissolúvel ao Pai. Ele não é obediente: o seu ser é a obediência total, e essa é, para Ele, a liberdade eterna. Ele não é pobre: o seu próprio ser é a pobreza, já que a sua riqueza eterna consiste em não possuir nada que não pertença ao Pai e em colocar todas as coisas aos pés do Pai. Ele não é puro: o seu ser é pureza, pois não pode haver nada nele que não flua do princípio ao fim em uma fidelidade perfeita e exclusiva de amor ao Pai; possuindo em si a mais alta fecundidade. O Filho não tem apenas uma missão: Ele é a missão do Pai. Ele não pertence a si mesmo: pertence ao Pai" (Hans Urs von Balthasar, p. 17).


Desta forma, a pessoa consagrada vai crescendo nesta intimidade com o Pai, com abertura e um coração indiviso, respondendo com um amor total a este dom do amor de Deus.  Com os olhos fixos em Jesus, o Filho de Deus que se esvazia na encarnação, se faz um de nós para nos enriquecer com sua pobreza, a pessoa consagrada é convidada a ter um coração despojado, dócil, livre e viver sem nada que seja próprio configurando-se à humanidade de Cristo com muito esforço e a graça divina. Ela entende que encontrou o tesouro de sua vida pois foi encontrado por Ele. Por isso, quer viver de forma simples e sóbria colocando os bens a serviço de todos.


A pessoa consagrada pelo voto de castidade não renuncia a amar, mas ela ama de forma mais livre, e de amar a todos de maneira gratuita a exemplo de Cristo, seu único Amor. É uma graça. E pelo voto de obediência a pessoa consagrada deseja alegremente fazer a vontade de Deus em sua vida. Ela busca configurar toda a sua vida ao sim incondicional de Cristo, com a disposição de quem escolhe amorosamente a vontade de Deus, que não força a sua criatura, mas vem ao seu encontro para fazer-lhe sempre o bem e associá-la à sua obra salvífica (LG, n. 43).


Todavia, a vida da pessoa consagrada, longe de ser uma amargura e infelicidade, é expressão da alegria da Boa Nova, de alguém que encontrou de fato o “Tesouro escondido” e deixa tudo por Ele e seu Reino configurando-se ao TUDO de sua vida, na vivência do votos, no dia a dia, na missão que a ela foi confiada.  E como São Francisco ser capaz de dizer: “Eu cumpri minha tarefa. Cristo vos ensine a vossa”.


 


BERZOSA, Verónica. A vida consagrada: cadernos do concílio. Brasília: CNBB, 2023.


IFMMA. Congregação Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora: Regra e Constituições. Roma, 2023.


 


Fonte: Cristina Bisolo - Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora

Equipe Arquidiocesana de Comunicação

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