Estamos fazendo o percurso do mês de agosto, para a Igreja no Brasil, o mês vocacional. É um tempo de graça, importante para oração e reflexão sobre as vocações sabendo da sua importância para a continuidade da missão evangelizadora nestas terras. A evangelização, de inspiração divina, é feita a partir do serviço de homens e mulheres, que se doam em vista da continuidade da obra iniciada por Jesus e tendo presente que a iniciativa sempre é do Pai, pois Ele toma a iniciativa e chama pessoas a colaborarem na sua obra (EG 12).
Neste ano foi definido o tema, a saber “Igreja como uma sinfonia vocacional”, e o lema: “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9, 38). A expressão sinfonia vem da referência musical. Significa primeiramente “todos os sons juntos”. E, de uma forma mais elaborada, uma forma de composição para orquestra, em forma de sonata, e que se caracteriza pela multiplicidade de executantes para cada instrumento e pela diversidade de timbres, colocados de forma harmônica e arranjados em vista de um agradável espetáculo.
A experiência das vocações servindo à Igreja atua como uma sinfonia. Na diversidade de “sons” e “possibilidades” as diferentes vocações embelezam e enriquecem a Igreja na missão de evangelizar. São diferentes instrumentos com o compromisso de aturarem harmonicamente segundo a sua função e papel em vista da evangelização e tendo como finalidade o Reino anunciado por Jesus. Mesmo que a vocação tenha um forte componente pessoal ela não se basta a si mesma. Seu acento é o serviço?
O lema lembra um compromisso que é constante desde na missão de Jesus Cristo na Palestina: “pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9, 38). O pedido do Filho de Deus se deu a partir da sua sensibilidade frente às dores e sofrimentos do povo. Havia a necessidade de mais pessoas com a mesma sensibilidade e igual comprometimento do Mestre para colaborar na obra. O pedido de Jesus se repete em nossos tempos.
Muitos têm atendido ao clamor e no, atendimento, tem se realizado humanamente e no projeto de fé, dando concretude existencial à expressão “vocação realizada, vida feliz”.
É importante dar continuidade a esta motivação. Implica em continuar falando, rezando e refletindo sobre a vocação. Tem uma dimensão pessoal, no sentido de ajudar a pessoa na sua realização enquanto cristã e também uma dimensão eclesial, porque permite que a Igreja conte com mais pessoas comprometidas com a obra evangelizadora. A messe continua a crescer e, além do crescimento, se reveste de certa complexidade devido ao contexto em que vivemos.
Durante o mês de agosto, em cada semana rezaremos uma dimensão vocacional acentuando esta diversidade de possibilidades: ministros ordenados, vida familiar, vida consagrada, leigos, que enriquecem a Igreja na missão evangelizadora. Todas são necessárias e importantes para compor esta grande sinfonia a serviço da grande obra do Pai. Ele convoca porque necessita de colaboradores na sua obra.
É necessário homens e mulheres que respondam aos apelos do Mestre de Nazaré, o primeiro e maior evangelizador, e da Igreja, sua fiel, discípula missionária, dispostos a compor os seus lugares nesta grande sinfonia vocacional evangelizadora que nos dará uma grande alegria e ocupará toda a nossa vida (EG 12)
Que instrumento posso tocar? Como posso servir ao Reino?
Atendamos a este chamado!
Fonte: Pe. Ari Antonio dos Reis - Coordenador de Pastoral
