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Artigo 37 – Música e “músicas”

Artigo 37 – Música e “músicas”

  Originando-se dos cânticos dos primeiros cristãos e do canto gregoriano, um imenso repertório nos foi deixado, um legado a

 

Originando-se dos cânticos dos primeiros cristãos e do canto gregoriano, um imenso repertório nos foi deixado, um legado a ser compreendido e estudado, em que se deve recorrer para um enriquecimento cultural musical e litúrgico. Assim, está em nossas mãos uma grande responsabilidade, que é entregar às posteridades o que recebemos e fazer com que sejam produzidas coisas novas em continuidade e aprofundamento da herança que chegou até nós.

Canto Gregoriano

O Canto Gregoriano nasceu da união da experiência espiritual das comunidades monásticas e das comunidades cristãs primitivas. Ele distingue, de certa forma, entre música Sacra e profana e é um modelo a partir do qual se extraem os elementos fundamentais que não devem faltar ao abordar a música litúrgica. A base fundamental da melodia está na letra, na palavra. Busca sua inspiração na Palavra de Deus, na ação litúrgica, em suas mais variadas formas: hinos, antífonas, salmos, ladainhas e nas partes próprias da missa. Não tem preocupação com as formas musicais (ritmo, harmonia).

No canto gregoriano existe apenas a melodia, por isso sua importância é fundamental para exprimir sentimentos e emoções espirituais do texto cantado. As melodias são pensadas não para profissionais, mas para todos os participantes da celebração. Normalmente melodias simples e fáceis. Importante lembrar que a Música Sacra era, de certa forma, propriedade da Igreja.

Dessa forma, o canto Gregoriano nos ensina a fazer da música um instrumento para acompanhar e exaltar a ação litúrgica tornando os fiéis autenticamente participantes e protagonistas por meio do canto.

Polifonia

No final da Idade Média, a execução de melodias antigas começou a ser enriquecida pela sobreposição de vários “níveis” melódicos. Assim, em uma única peça o coro podia executar várias linhas melódicas ao mesmo tempo, sempre mantendo uma relação harmoniosa entre si. O valor da música polifônica, que hoje denominamos CORAIS, se encontra em sua beleza artística que se manifesta na sua estrutura harmônica. Reconhecer a importância da polifonia tem um imenso valor, pois nos é uma herança recebida, a arte de cantar junto, de viver em comunhão e harmonia como verdadeiro povo de Deus.

É preciso compreender que a qualidade da música litúrgica está baseada não apenas na sua beleza artística, mas sobretudo, no seu propósito primordial: seu serviço à oração da Igreja, para não correr o risco de transformar, muitas vezes, uma celebração em concerto.

A voz do mundo

O “canto religioso popular” é um extraordinário patrimônio de fé e cultura, tradições que uma vez foram bem mais vivas, mas que ainda hoje se mantém em alguns locais e países, especialmente em momentos de procissões e nas orações das celebrações dos padroeiros e padroeiras. O valor dessas tradições está na participação viva dos fiéis, pois nelas se manifesta a voz do povo de Deus que ressoa na Igreja com toda a sua intensidade e o seu patrimônio cultural e religioso. Além do mais, essa riqueza diversificada enriquece a oração e aumenta a variedade e a beleza da música sacra, que pode respirar a novidade e o entusiasmo dos povos de evangelização recente.

 

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