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A crise climática e a nossa missão a partir da “Laudate Deum”

A crise climática e a nossa missão a partir da “Laudate Deum”

Atualmente temos visto muitas catástrofes, como: graves secas, tornados, inundações, calor extremo, etc. Diante dessa crise, é necessário refletir a

Atualmente temos visto muitas catástrofes, como: graves secas, tornados, inundações, calor extremo, etc. Diante dessa crise, é necessário refletir a respeito da responsabilidade humana e também da missão cristã, a partir do que exorta o Papa Francisco na Exortação Apostólica Laudate Deum (LD). Passados oito anos do lançamento da Carta Encíclica Laudato si’, que também apresentou tal discussão, o que se percebe é que muito pouco está se fazendo para mitigar essas tragédias.

A crise do clima é uma questão emergente que se encontra diretamente ligada à dignidade da pessoa humana, principalmente dos mais fragilizados. Por isso, cuidar do planeta e cuidar das pessoas é intrínseco. Isso se traduz no que afirmava São Francisco de Assis, acerca do louvor a Deus por todas as suas criaturas.

Não reconhecer o grande perigo e prejuízo causado pelo aquecimento do planeta, é se fazer ignorante e indiferente diante das próprias ações, é se fazer cego estando em frente a essa doença silenciosa que afeta a todos (Cf. LD, n. 5). Um discurso recorrente é  que “o planeta sempre teve e continuará a ter períodos de resfriamento e de aquecimento” (LD, n. 6). No entanto, o que se constata é que essas mudanças vem ocorrendo num período cada vez menor de tempo.

Diante disso, é que Francisco interpela para alimentar o espírito de multilateralidade, não aquela que leva em conta os interesses dos poderosos economicamente, mas a que considera a voz de todo o povo, de pessoas que se preocupam com a questão, dos pequenos países e que implique nas grandes instituições internacionais decisões que coloquem limites ao paradigma tecnocrático que favorece a desenfreada intervenção humana sobre a natureza, visando somente o lucro, gerando, desta forma, uma falsa ideia de progresso, de um crescimento infinito ou ilimitado (Cf. LD, n. 19).

Assim, é necessário ter a consciência de que “tudo está interligado e ninguém se salva sozinho” (LD, n. 18), ou seja, cabe a cada pessoa fazer, ainda que pequena, em família, nos grupos da sociedade, a sua parte, levando a decisões políticas de maior amplitude para que, junto com cada ser humano, estas possam romper com o ideal tecnocrático de separar o que Deus, criador de todas as coisas (Cf. Lv 25,23), uniu: o ser humano às demais criaturas.

É missão cristã, mas antes de tudo humana, a preservação da Casa Comum, da Criação de Deus, como aponta o título da exortação Laudate Deum, pois quem se põe no lugar de Deus constitui-se como um perigo para si próprio (LD, n. 73). Para concluir, reflitamos sobre as questões que o Papa Francisco apresenta no seu Documento (n. 32):

a) Qual é o sentido da minha vida?
b) Qual é o sentido da minha passagem por esta terra?
c) Qual é, em última análise, o sentido do meu trabalho e do meu compromisso?

Dr. Pe. Ademir Rubini
Professor da Itepa Faculdades

Jean Gonçalves Vassmann
Acadêmico da Itepa Faculdades

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