O Advento é um tempo litúrgico marcado pela espera vigilante do Senhor que vem nos visitar. Durante as quatro semanas do Advento ouvimos e dizemos: “Maranatha. Vem Senhor Jesus!”. Essa alegre espera culmina na segunda maior festa dos cristãos: o Natal de Jesus Cristo. Por isso, desejamos a vinda de Cristo pois Ele é a “esperança que não decepciona” (cf. Rm 5,5).
No 4º Domingo do Advento, a liturgia nos convida a reconhecer que Deus se manifesta ao mundo, através de seu amor e bondade, para trazer a humanidade a salvação e uma vida nova a todo o povo. Este evento é anunciado, desde o Antigo Testamento pelos profetas, ou seja, a revelação do Emanuel, que significa que Deus está conosco.
Na primeira leitura (Is 7, 10-14), encontramos o relato do encontro do profeta Isaías com o rei Acaz, que atuou no Reino de Judá, por volta de 734 a.C. O pano de fundo é a estabilidade das tribos de Judá e a ameaça da Assíria que se aproximava para terminar com esta paz e prosperidade. Atendo às necessidades do povo, o profeta Isaías pede a Acaz que peça um sinal a Deus. O rei’ se recusa, mas o profeta insiste, pois sabe que Deus dará um grande sinal: enviará o Emanuel, que será concebido por uma virgem. É preciso confiar-se nos planos de Deus!
No Evangelho (Mt 1, 18-24), dois personagens merecem destaque: Maria que fica grávida pela ação do Espírito Santo. É mulher obediente ao chamado vocacional de Deus e na qual se cumpre a profecia de que o Messias nasceria de uma virgem. Outro é José, pai adotivo de Jesus, homem bom e justo, não querendo que Maria fosse apedrejada, pensa em abandoná-la em segredo. José é visitado pelo Anjo do Senhor em sonho para colaborar com Deus na sua obra salvífica. Além disso, tem a missão de dar o nome a Jesus, tomando-o como filho. Dessa maneira, Maria e José, enfrentando os desafios de seu tempo, não excitam em ser obedientes a Deus, para que assim, o Menino Deus pudesse nascer e armar a sua tenda entre nós. É preciso obedecer aos desígnios de Deus!
Na segunda leitura (Rm 1, 1-7), Paulo se apresenta como servo de Jesus Cristo aos irmãos de Roma. Tal texto nos motiva a testemunhar Jesus, com palavras e obras e, a viver uma vida de discípulos na santidade. É preciso testemunhar a bondade de Deus!
Que na proximidade do Natal, possamos abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, da nossa família e da nossa comunidade para acolher o Deus Conosco: Jesus, nosso Salvador. Que esta grandiosa festa não se resuma a luzes, enfeites, presentes, comidas e bebidas, mas se traduza numa vida renovada por Aquele que faz novas todas as coisas.
Pe. Érico Martins
Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Passo Fundo