Catedral Nossa Senhora Aparecida reúne a comunidade para a celebração da Vigília Pascal
“Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui”. O trecho, retirado do Evangelho de Marcos, lido durante a celebração da Vigília Pascal, realizada, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, na noite de sábado, 31, resume o real significado da Páscoa celebrada neste final de semana: a angústia, a dor e a morte cedem espaço para a alegria da vida nova que chega a partir da ressurreição de Cristo.
Fogo e Água
A celebração do Sábado de Aleluia, bastante significativa para a Igreja, se constrói a partir de uma liturgia que narra a Páscoa desde o Antigo Testamento e apresenta, pouco a pouco, a ação de Deus em favor dos homens. Além das leituras, salmos e evangelhos, a liturgia apresenta, ainda, a bênção do fogo – que acende o Círio Pascal, dando início a um novo ano litúrgico e representa, também, a luz do Cristo ressuscitado – e celebra a liturgia batismal – onde a comunidade tem a oportunidade de renovar as promessas do batismo a partir da bênção da água. Na noite de ontem, a comunidade presenciou, também, o batismo de Milena que, já adulta, optou pela fé católica e professou essa fé diante de uma Catedral lotada.
Páscoa: transformação
Todos os momentos vivenciados se apoiam e buscam mostrar a transformação trazida por Jesus. “Esta semana reavivou em nós a fé porque celebramos os mistérios centrais dessa fé”, iniciou o arcebispo que, colocou, ainda, a necessidade de compreender o cristianismo a partir dos olhos de Deus. “É preciso olhar para o cristianismo com os olhos de Cristo, que é a luz e nos questionarmos: o que é ser cristão? Por que cremos? Vale a pena apresentar esse Cristo ao mundo?”, continuou e explicou que a fé cristã se baseia, essencialmente, no serviço e doação ao próximo, apesar do mundo em que se vive – individualista e egoísta. “Para sermos gente e nos reconhecermos, precisamos dos outros. E, nós, enquanto cristãos, dependemos de um indivíduo: Jesus Cristo. Mas sua morte não foi para Ele; veio ao encontro de muitos e de todos; ao encontro da humanidade. Nunca podemos esquecer que, pela visão cristã, é impossível viver sem a comunidade”, enfatizou.
O arcebispo concluiu sua fala colocando que, assim como Cristo se deu pela humanidade, a fé cristã também deve ser vivida em prol do outro. “O cristianismo não luta contra o mundo, mas está em favor do crescimento do mundo. Assim, sabendo como se constitui a nossa fé, ser cristão é, definitivamente, uma escolha”, encerrou.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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