Os presbíteros da Arquidiocese de Passo Fundo, durante o Retiro dos Presbíteros 2025, realizaram uma Conversa no Espírito, tendo em vista colaborar na implementação, na Igreja local, do Documento do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos “Por uma Igreja Sinodal – Comunhão, Participação, Missão”.
O Documento Final da Assembleia diz que “Numa Igreja sinodal, os Presbíteros são chamados a viver o seu serviço numa atitude de proximidade com as pessoas, de acolhimento e de escuta de todos, abrindo-se a um estilo sinodal. Os Presbíteros ‘constituem com o seu Bispo um presbitério’ (LG 28) e colaboram com ele no discernimento dos carismas e no acompanhamento e orientação da Igreja local, com uma atenção particular ao serviço da unidade. São chamados a viver a fraternidade presbiteral e a caminhar juntos no serviço pastoral. (…) Deste modo, também no presbitério se realiza um verdadeiro intercâmbio de dons em vista da missão. Os Presbíteros também precisam de ser acompanhados e apoiados, sobretudo nas primeiras etapas do seu ministério e nos momentos de fraqueza e fragilidade” (nº 72).
Várias vezes, “no decurso do processo sinodal, foi expressa gratidão aos Bispos, Presbíteros e Diáconos pela alegria, empenho e dedicação com que desempenham o seu serviço. Também foram ouvidas as dificuldades que os pastores encontram no seu ministério, principalmente as relacionadas com um sentimento de isolamento, de solidão, bem como com o fato de se sentirem sobrecarregados pelas exigências de satisfazer todas as necessidades. A experiência do Sínodo pode ajudar Bispos, Presbíteros e Diáconos a redescobrir a corresponsabilidade no exercício do ministério, que exige também a colaboração com os outros membros do Povo de Deus. Uma distribuição mais articulada das tarefas e das responsabilidades, um discernimento mais corajoso daquilo que pertence propriamente ao ministério ordenado e daquilo que pode e deve ser delegado a outros, favorecerá o seu exercício de modo espiritualmente mais sadio e pastoralmente mais dinâmico em cada uma das suas ordens. Esta perspectiva não deixará de ter um impacto nos processos de decisão caracterizados por um estilo mais claramente sinodal. Ajudará também a superar o clericalismo, entendido como uso do poder em benefício próprio e distorção da autoridade da Igreja que está ao serviço do Povo de Deus. Exprime-se sobretudo nos abusos sexuais, econômicos, de consciência e de poder por parte dos ministros da Igreja. ‘O clericalismo, fomentado tanto pelos próprios Sacerdotes como pelos Leigos, gera uma cisão no Corpo eclesial que fomenta e ajuda a perpetuar muitos dos males que hoje denunciamos’” (Francisco, Carta ao Povo de Deus, 20 de agosto de 2018) (nº 74).
A Conversa no Espírito foi orientada pelas seguintes questões: Como tenho vivido, em estilo sinodal, o serviço presbiteral tendo em vista a proximidade com as pessoas, o acolhimento e a escuta de todos? Como que eu sinto e colaboro com a fraternidade presbiteral e a corresponsabilidade ministerial na Arquidiocese de Passo Fundo? Quais as principais necessidades que tenho sentido no exercício do meu ministério? Quais as alegrias e realizações que sinto em colaborar, enquanto presbítero, na Igreja Particular de Passo Fundo?
Ouvindo o Espírito Santo, os Presbíteros realizaram a conversa no Espírito e no final, cada um dos seis grupos, produziu um texto que foi ofertado ao Senhor Jesus durante a Missa. Os textos serão usados para auxiliar na implementação do Sínodo na Igreja Local. No dizer de um presbítero: “A Conversa no Espírito foi muito boa. Falamos com abertura de coração, buscando a fraternidade presbiteral e almejando ser cada vez mais pastores com espiritualidade sinodal.”