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Não pode faltar sinais de esperança

Não pode faltar sinais de esperança

O Apóstolo Paulo escreveu para a Comunidade Cristã de Roma: “Spes non confundit – a esperança não engana” (Rm 5, 5).

O Apóstolo Paulo escreveu para a Comunidade Cristã de Roma: “Spes non confundit – a esperança não engana” (Rm 5, 5). Sob o sinal da esperança, Paulo infunde coragem àquela comunidade e o Ano Jubilar de 2025 quer infundir esta coragem às comunidades do mundo atual: esta esperança é vivida em meio a luta perseverante, ancorada no Espírito Santo que nos foi dado e no amor de Jesus Cristo, por quem fomos salvos pela sua vida, morte e ressurreição.

A esperança nos faz olhar para os “sinais dos tempos”, sem nos deixarmos vencer pelo desânimo e buscando nos empenhar em projetos que garantam ao mundo um futuro melhor. Se assim não fosse, ela seria enganação, alienação, ilusão. Mas também somos chamados – neste Ano Jubilar e sempre – a reanimar a nossa esperança e a dos nossos irmãos e irmãs que caminham na estrada de Jesus e de toda a humanidade. Por isso, não deixamos faltar sinais de esperança…

Não pode faltar a esperança da paz. Como primeiro sinal de esperança, a paz deve ser um horizonte que permita a todos acreditar num futuro sem guerras, no qual as nações se empenhem em promover acordos de paz.

Não pode faltar sinais de esperança aos jovens. É preciso suscitar nos jovens o desejo por transmitirem a vida e viverem o amor, pois os filhos são a esperança da continuidade do projeto de Deus. Que os jovens não desanimem na esperança de transformarem o mundo.

Não pode faltar sinais de esperança aos presos. Estas pessoas precisam ser reabilitadas, reinseridas na sociedade; mesmo tendo cometido os crimes, não perderam a dignidade de seres humanos, filhos de Deus. Há necessidade de políticas públicas que garantam a sua inclusão à sociedade após cumprirem suas penas.

Não pode faltar esperança às pessoas doentes, por vezes acamadas, e que necessitam de apoio, atenção e muito amor.

Não pode faltar esperança às pessoas migrantes, exiladas e refugiadas. Elas são um sinal cada vez mais forte de que o mundo não está bem. Na maioria das vezes, a migração ocorre na busca de melhores condições de vida. É preciso dedicar a elas uma atenção especial, por causa da importância da sua inserção no contexto social, por conta do idioma e dos demais traços culturais. Exige de nós abertura, acolhimento e conversão dos preconceitos.

Não pode faltar esperança às pessoas idosas. Depois de uma longa vida doada, agora vivem e colhem os frutos da vida. A velhice deve ser vivida com serenidade, e os idosos precisam receber a atenção necessária para não se sentirem um peso ou um incômodo na vida dos familiares.

Não pode faltar esperança aos empobrecidos. Os pobres são também um sinal constante de que a sociedade necessita de conversão. Por vezes, as pessoas pobres sentem o desânimo e o cansaço porque por mais que batalhem não conseguem uma vida melhor. Lutemos por igualdade social, para que os empobrecidos não percam a esperança de viver, e sejamos sinais de esperança com nosso compromisso: “É escandaloso que, num mundo dotado de enormes recursos destinados em grande parte para armas, os pobres sejam ‘a maioria (…), milhares de milhões de pessoas. (…) Não esqueçamos: os pobres são quase sempre vítimas, não os culpados” (nº 15).

Precisamos ser “Peregrinos de Esperança” reanimando a esperança da paz, na solidariedade com os jovens, os presos, os doentes, os migrantes, os idosos, os empobrecidos, bem como na busca de uma sociedade justa e fraterna. Por sua vez, estes irmãos e irmãs nos dão Jesus, nossa Esperança (1Tm 1,1). Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança!

Pe. Ivanir Antonio Rampon
Professor da Itepa Faculdades

Emerson Miguel Fröder
Graduado em Teologia pela Itepa Faculdades

Lúcia Frigheto
Graduanda em Teologia pela Itepa Faculdades

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