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Ciclística do Viver!

Ciclística do Viver!

  Sabes andar de bicicleta? Dentre as inúmeras práticas esportivas, lazer ou trabalho, a bicicleta, sem dúvidas, é opção viável,

 

Sabes andar de bicicleta? Dentre as inúmeras práticas esportivas, lazer ou trabalho, a bicicleta, sem dúvidas, é opção viável, aprazível e, às vezes, a única disponível. Não raro, encontramos pessoas, sozinhas ou em grupos, pedalando. Haverá idade para arriscar-se aos encantos e surpresas deste meio de transporte? Há pessoas com habilidades múltiplas relacionadas a ela, ao passo que outras pessoas sentem-se inseguras ou incapazes de equilibrar-se e se mover por alguns metros fazendo uso deste objeto.

Pensar a adolescência e a juventude, no contexto contemporâneo, dispondo-se à opção fundamental de viver processos de construção cidadã e cristã exige equilíbrio, vigor e intento, diuturnamente, tal qual a intenção de aprender e lançar-se ao desafio de tornar-se exímio tripulante e condutor(a) de uma bicicleta, compreende? Como se aprende andar? Sozinho(a)? Com auxílio de outra(s) pessoa(s)? Faz-se necessário? Quão importante à vida? Será um gesto voluntário, um desejo ou uma exigência, devido as circunstâncias da existência societária e eclesial?

Crianças, geralmente, aprendem pedalar como atividade lúdica, não é verdade? Com o tempo, a brincadeira ganha outras motivações e poder-se-á experimentar novos desafios, sejam eles esportivos, laborais, projetos de vida, etc. A adolescência e a juventude são etapas com características marcantes e próprias, à vida pessoal e à convivência social. As infinitas possibilidades e transformações disponíveis neste período da vida, queira-se ou negue-se, podem ser excelentes oportunidades à realização pessoal, à elaboração de projetos coletivos, amistosos e fraternos à convivialidade. Andar de bicicleta individualmente, certamente é interessante, ainda assim, a investida coletiva, em grupo, permitirá benefícios amplos e aprendizados diversos, se comparados ao experimento individual.

Para andar de bicicleta, assim como o viver sócio eclesial, é indispensável que exista movimento, equilíbrio, percurso, avanços, frenagens e horizonte à chegar. Parte-se de um ponto inicial (Gn 1,1 – 2,25) com intenção de experimentar um caminho (Lc 24,13-35) e alcançar outro lugar (Mt 28,18-20), ou mesmo, retornar à origem (Jo 1,1-18), porém, com a ação realizada, em seus diversos experimentos, agradáveis ou não à vida que se aspira plena, abundante (Jo 10,10). Neste conjunto, complexo e vital, “a partir de nossa experiência de fé e da sabedoria que vem se acumulando ao longo dos séculos e aprendendo também com nossas inúmeras fraquezas e quedas, como pessoas que creem pertencentes a diversas religiões, sabemos que tornar Deus presente é um bem para todas as sociedades. Buscar a Deus com coração sincero, desde que não ofusquemos com nossos interesses ideológicos ou instrumentais, ajuda a reconhecer-nos como companheiros de estrada, verdadeiramente irmãos” (FrT, n. 274) e irmãs nesta terra, a Casa Comum.

Ciclistas à fraternidade universal e à amizade social, somos todos(as), se capazes de revisitar a essência da humanidade em nós, salvaguardando-nos ao transcendente, ao mistério, à utopia. Quando refletimos a missão juvenil e as ciclovias sociais, disponíveis ao presente vivenciado, há segurança, sinalizações e sonhos? Como constitui-se nossa bicicleta social, isto é, a máquina contemporânea, nesta capsula de tempo presente, que exige-nos força física, psíquica e espiritual para seguir vivendo dignamente?

Há bicicletas e bicicletas, sabe? Com rodas e ou fixas em locais planejados, se é que faço-me compreender. A juventude é resposta confiável à muitas inquietudes econômicas, políticas, culturais, sociais e eclesiais; todavia, é salutar que os veículos/meios que lhe são oferecidos para percorrer novos caminhos, bem como as companhias e grupos afins, rumo à Civilização do Amor, sejam coerentes e acessíveis à criatividade e à ousadia, com bravura e ternura. Não há espaço, no florescer, para infantilização às memórias e à realidade futura, quando se aspira o bem viver. A saber, “a glória da juventude está no coração mais do que na força física ou na impressão que alguém causa nos outros” (ChV, n. 9). A resposta à ciclística da vida vem, primeiramente, do íntimo. Toda “energia” que a juventude tem vem de dentro. De dentro ela vem!

 

 

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