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Catequese 2. O anuncio é para todos

Catequese 2. O anuncio é para todos

Estimados irmãos e irmãs! Depois de ter visto, na última vez, que o anúncio cristão é alegria, meditemos hoje sobre um

Foto da Catedral

Estimados irmãos e irmãs!

Depois de ter visto, na última vez, que o anúncio cristão é alegria, meditemos hoje sobre um segundo aspeto: é para todos, o anúncio cristão é alegria para todos! Quando nos encontramos verdadeiramente com o Senhor Jesus, a maravilha deste encontro invade a nossa vida e pede para ser levada além de nós mesmos. É isso que Ele deseja, que o seu Evangelho seja para todos. Com efeito, nele existe um “poder humanizador”, um cumprimento de vida destinada a cada homem e mulher, porque Cristo nasceu, morreu e ressuscitou para todos. Para todos: sem excluir ninguém!


Na Evangelii gaudium lê-se: «Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”» (n. 14). Irmãos e irmãs, sintamo-nos ao serviço do destino universal do Evangelho, que é para todos; e distingamo-nos pela capacidade de sair de nós próprios – para ser verdadeiro, o anúncio deve sair do próprio egoísmo – e ter também a capacidade de superar todos os confins. Os cristãos reúnem-se mais no adro do que na sacristia, e vão «pelas praças e pelas ruas da cidade» (Lc 14, 21). Devem ser abertos e expansivos, os cristãos devem ser “extrovertidos”, e este seu caráter vem de Jesus, que fez da sua presença no mundo um caminho contínuo, em vista de alcançar todos, até aprendendo de alguns dos seus encontros.


Neste sentido, o Evangelho narra o encontro surpreendente de Jesus com uma mulher estrangeira, cananeia, que lhe suplica que cure a filha doente (cf. Mt 15, 21-28). Jesus recusa, dizendo que só foi enviado «às ovelhas tresmalhadas da casa de Israel» e que «não é bom pegar no pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos» (vv. 24.26). Mas a mulher, com a insistência típica dos simples, responde que até «os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos» (v. 27). Jesus fica impressionado e diz-lhe: «Mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas» (v. 28). O encontro com esta mulher tem algo de único. Não só alguém faz com que Jesus mude de ideia, mas trata-se de uma mulher estrangeira e pagã; mas o próprio Senhor encontra a confirmação de que a sua pregação não se deve limitar ao povo a que pertence, mas abrir-se a todos.


A Bíblia mostra-nos que quando Deus chama uma pessoa e faz uma aliança com alguns, o critério é sempre este: escolhe alguém para alcançar outros, este é o critério de Deus, da chamada de Deus. Todos os amigos do Senhor experimentaram a beleza, mas também a responsabilidade e o peso de ser “escolhidos” por Ele. E todos sentiram o desânimo perante as próprias debilidades ou a perda das suas seguranças. Mas talvez a maior tentação consista em considerar a chamada recebida um privilégio, por favor, não, a chamada não é um privilégio, nunca! Não podemos dizer que somos privilegiados em relação aos outros, não! A chamada é para um serviço. E Deus escolhe alguém para amar todos, para ir ao encontro de todos!


Também para evitar a tentação de identificar o cristianismo com uma cultura, com uma etnia, com um sistema. Mas deste modo perde a sua natureza verdadeiramente católica, isto é, para todos, universal: não é um grupinho de eleitos de primeira classe. Não nos esqueçamos: Deus escolhe alguns para amar todos. Este horizonte de universalidade. O Evangelho não é só para mim, é para todos, não o esqueçamos. Obrigado!

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