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Não-Me-Toque: depois de um século, paróquia se despede dos franciscanos

Não-Me-Toque: depois de um século, paróquia se despede dos franciscanos

Depois de um século de atuação em Não-Me-Toque, a Província São Francisco de Assis do Rio Grande do Sul entregou

Foto da Catedral

Depois de um século de atuação em Não-Me-Toque, a Província São Francisco de Assis do Rio Grande do Sul entregou a paróquia Cristo Rei à Arquidiocese de Passo Fundo e se despediu da cidade para vivenciar as diferentes missões pelo Brasil e pelo mundo. A Celebração de entrega envolveu a comunidade, na última sexta-feira, 17, em sentimentos de gratidão pelo legado construído e tristeza pela missão que se encerra.

 

101 anos de atuação franciscana
Para dom Rodolfo Luís Weber, arcebispo de Passo Fundo e presidente da celebração de entrega da paróquia, a história vivida com a comunidade não será esquecida e, com certeza, traz frutos concretos de evangelização. “A nossa Igreja ensina que, na missa, levamos tudo o que acontece conosco: aquilo que nos alegra e aquilo que fizemos de errado. Levamos, ao altar, a nossa vida. E, hoje, queremos levar, também, a vida e a missão da Província Franciscana. Não nos interessam os anos e atuação, mas interessa unir nossas vozes numa grande prece de Ação de Graças pelas bênçãos vividas aqui”, iniciou.

 

Gratidão e tristeza
Dom Rodolfo destacou, ainda, os sentimentos que a ausência franciscana trazem ao coração da comunidade. “Hoje há um misto de dois sentimentos: gratidão e tristeza. Gratidão pela presença franciscana nessa paróquia. Ser cristão está relacionado ao modo de ser e viver. O modo de viver o que me inspira viver é essencial. E os franciscanos tem uma marca, um modo de ser que é só deles. Hoje expressamos a nossa gratidão pela simples presença franciscana que nos ensinou que o modo de viver já é uma missão”, complementou o arcebispo que continuou: “os franciscanos, aqui, conseguiram viver e atender aos textos bíblicos. Profetas são enviados para fazer um povo ser um povo de Deus. Aqui, nesta cidade, nesta comunidade, está o fazer dos franciscanos nesses 101 anos”.

 

O arcebispo destacou, ainda, a tristeza que a Arquidiocese sente em se despedir dos franciscanos. “Nossa Igreja valoriza dons e carismas. A ausência franciscana, na Arquidiocese, nos empobrece, nos limita. E, desde já, digo: quando quiserem voltar, haverá espaço suficiente”. Dom Rodolfo também encorajou a comunidade a seguir vivenciando os valores franciscanos. “Que a missão dos franciscanos seja fecunda onde forem, onde passarem, onde atuarem. Nós seguiremos rezando para que os frades consigam cumprir a missão que São Francisco iniciou há mais de 200 anos. E, aqui, seguiremos atuando a partir de tudo que foi ensinado. A paróquia não termina aqui. Segue a sua missão de evangelizar”, concluiu o arcebispo.

 

Celebração cheia de simbolismo
Durante a celebração, a comunidade acompanhou a entrada de alguns símbolos que representam a atuação franciscana na cidade: o Livro de Atas, a Sandália Franciscana e a estola recordaram a missão e a atuação da paróquia; também as flores e os banners de identificação da paróquia e da Arquidiocese, reforçaram os frutos e a unidade vivida em cada ação. Para o Frei Marino Rhoden, Ministro Provincial da Província Gaúcha, o momento é histórico e de relembrar tantas histórias bonitas vividas nos 101 anos de atuação franciscana na cidade. “Quando pensamos em um século, é um ciclo que se realiza. Nós, frades menores, cumprimos nossa missão em Não-Me-Toque e somos gratos pela comunidade que nos acolheu. Cumprimos o que o Senhor pensou e o nosso sentimento é de gratidão”, colocou o Frei.

 

Ele destacou, também, que o carisma franciscano é fortemente vinculado com estar sempre em movimento. “Nosso estilo de vida, nosso carisma, está na itinerância, no ir pelo mundo. Hoje estamos aqui, amanhã, acolá. A nossa casa é o mundo. E a missão é uma necessidade para nós. Através de mim, Deus tem uma Palavra única a dizer. E nós devemos, por isso, pensar a nossa vida como uma constante missão”, concluiu.

 

Paróquia diocesana
Com a despedida dos franciscanos da cidade, a paróquia passa a estar sob a orientação diocesana. Na prática e legalmente, não há nenhuma mudança. O pároco, Frei Laerte Reis, continuará atuando junto à paróquia e já está realizando uma experiência junto à Arquidiocese para ser incardinado como padre diocesano.

 

Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
imprensa@arquidiocesedepassofundo.com.br

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